Proveitos totais e de alojamento oficializam 2023 como o melhor ano no Turismo
De Janeiro a Outubro de 2023, "as dormidas no total do alojamento turístico na Região Autónoma da Madeira registaram um acréscimo de 14,8% face ao período homólogo, ultrapassando os 9,4 milhões, enquanto os proveitos totais e de aposento aumentaram 24,8% e 27,9%, respetivamente, rondando os 564,7 e os 400,8 milhões de euros, ultrapassando já os totais do cômputo dos doze meses do ano de 2022", que já tinha estabelecido o recorde nestes dois últimos indicadores. Portanto, 2023 é oficialmente o ano mais proveitoso no turismo da Madeira, sem surpresas, aliás, dada a evolução verificada.
Os dados (estimativas) foram divulgados esta manhã pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) "referentes a Outubro de 2023, revelam que 90,8% dos estabelecimentos do alojamento turístico da RAM registaram movimento de hóspedes neste mês. Analisando por segmento, verifica-se que a hotelaria é aquele que apresenta maior percentagem de estabelecimentos com movimento de hóspedes (94,0%), seguida do alojamento local, com 90,6%, e do turismo no espaço rural, com 90,0%", regista para começar.
Em termos de dormidas, no 10.º mês do ano, "o número de dormidas no alojamento turístico aproximou-se dos 988,8 mil, traduzindo um acréscimo de 10,3% em comparação com o mês homólogo (896,1 mil), embora seja de sublinhar que, "excluindo o alojamento local com menos de 10 camas, as dormidas do alojamento turístico registaram um incremento de 5,9% relativamente a Outubro de 2022, variação inferior à verificada a nível nacional (+8,5%)".
Por isso, olhando apenas ao mês de Outubro, os proveitos totais e os de aposento "apresentaram crescimentos homólogos de 23,0% e de 23,7%, respetivamente, fixando-se, pela mesma ordem, nos 60,7 e nos 41,8 milhões de euros. No País, no mês em referência, as variações homólogas foram igualmente positivas, tanto nos proveitos totais (+17,4%), como nos de aposento (+18,8%)", acrescenta a DREM.
Voltando às dormidas, diz a DREM que "é importante realçar que a hotelaria concentrou 73,8% das dormidas de outubro de 2023 (729,9 mil), crescendo 4,1% em termos homólogos, enquanto o alojamento local (23,9% do total) e o turismo no espaço rural (2,3% do total) cresceram 34,6% e 15,8%, pela mesma ordem. De Janeiro a Outubro de 2023, a hotelaria registou um crescimento de 9,3% nas dormidas, fixando-se estas nos 7,0 milhões".
Mercado francês em alta em Outubro, alemão no acumulado e britânico face a 2019
Analisando as dormidas nos três principais mercados emissores internacionais, "verificaram-se variações homólogas positivas, no mês de Outubro de 2023, exceto no mercado britânico, que apresentou uma quebra de 1,1%. O mercado francês registou o crescimento mais elevado, de +13,1%, seguido do mercado alemão, com um aumento de 10,4%. As dormidas originadas pelo mercado nacional revelam um acréscimo de 6,2% face ao mês homólogo", sinaliza.
Comparando o mesmo mês em 2019 (período pré-pandemia), "a atividade no alojamento turístico apresentou um crescimento de 44,1% nas dormidas, com o mercado de residentes no estrangeiro a registar um acréscimo de 36,4%. Considerando os três principais mercados deste segmento, verificaram-se variações positivas no mercado alemão (+24,7%) e nos mercados britânico e francês (ambos com +19,5%). Por sua vez, o mercado nacional também apresentou uma variação positiva (+101,8%)".
Já em termos de acumulados, desde Janeiro "os quatro principais mercados emissores apresentaram igualmente crescimentos homólogos nesta variável, sendo o mercado alemão aquele que revelou o aumento mais expressivo, de +16,0%, seguido dos mercados da França, Portugal e Reino Unido, com acréscimos homólogos de 15,0%, 6,3% e 3,8%, respetivamente", garante.
Menos noites, maior ocupação
Neste último mês analisado, "o valor da estada média no conjunto do alojamento turístico registou uma ligeira descida relativamente ao mesmo mês do ano anterior (4,65 noites), fixando-se nas 4,54 noites", uma tendência sentida nos últimos anos (excepto 2020 pelas razões conhecidas, dada a obrigatoriedade de confinamento, inclusive no turismo.
"A taxa de ocupação-cama do alojamento turístico, no mês em referência, "foi de 67,8%, 4,0 pontos percentuais (p.p.) acima do observado no mês homólogo (63,8%)", enquanto que "a taxa de ocupação-quarto atingiu os 77,9% (75,0% em Outubro de 2022)", seguindo o sentido inverso das noites.
Por fim, os proveitos de aposento por quarto disponível, o denominado RevPAR, que "rondou os 76,12 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +21,7% que no mesmo mês do ano precedente. Comparando com o valor de Outubro de 2019 (41,52 euros), verificou-se também um aumento, de +83,3%. Se se restringir a análise à hotelaria, aquele indicador evidenciou um crescimento homólogo de 22,9%, tendo o seu valor se situado nos 81,99 euros (66,73 em Outubro de 2022). De Janeiro a Outubro de 2023, verificou-se um RevPAR de 76,19 euros no conjunto do alojamento turístico (+23,6% em relação ao período homólogo) e de 81,74 euros no sector da hotelaria (+24,3%)", realça, atestando as 'razões' para os proveitos recorde.
"Por sua vez, o proveito por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 83,32€, em Outubro de 2022, para 97,71€, em Outubro de 2023 (+17,3% de variação homóloga). Nos primeiros dez meses de 2023, o ADR, cresceu 14,9%, fixando-se nos 98,18 euros", já bem perto de 100 euros, que chegou a acontecer em Julho, Agosto e Setembro.