Manifestantes profissionais
Não interessa o protesto. Não interessa o motivo. Não interessa o lugar. Na Madeira, os manifestantes são sempre os mesmos. É aquela meia dúzia de dirigentes do Partido Comunista, que ainda resiste à passagem do tempo. São três ou quatro pseudo-ambientalistas do Bloco de Esquerda com manias de revolucionários, e dois ou três especialistas em tudo e mais alguma coisa, sempre prontos a ir para a rua (ou para as redes sociais, se tiver a chover) protestar contra tudo o que é novo. Contra tudo o que seja progresso e desenvolvimento da Madeira. Contra tudo o que seja investimento e criação de riqueza.
Foi assim antes da construção do teleférico do Funchal. Foi assim antes da construção do teleférico do Monte. Foi assim nas vias rápidas da Madeira. Foi assim antes da construção da Praça do Povo. Foi assim há uns dias no Curral das Freiras. Juntaram-se os do costume para protestar contra um investimento privado de vários milhões de euros, que trará um elevado retorno direto e indireto para a Madeira. Principalmente, para a população e para a economia do Curral das Freiras, que contará com uma nova centralidade.
Só de retorno direto para os cofres da região serão 1,4 milhões de euros, sem contar com o impacto multiplicador que uma atração destas tem na economia local e regional e na criação de emprego. São táxis, autocarros de turismo, rent-a-cars. Restauração e espaços comerciais no Curral das Freiras. Empresas de animação turística. Unidades de alojamento local. E novas oportunidades de negócio e investimento com o parque de aventuras que será criado.
Como é habitual nestas manifestações promovidas pelos mesmos de sempre, a participação foi quase nenhuma, e não fosse a comunicação social lá ir, teria passado despercebida de toda a gente.
Mais, a participação de pessoas do Curral das Freiras naquele projeto de protesto, foi zero. Como de resto, seria de esperar, porque a população do Curral das Freiras percebe que o que está em causa é o desenvolvimento que o teleférico trará para toda a freguesia. E sabe também, que os que lá foram se manifestar não conhecem nada do Curral das Freiras e das suas gentes, e contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que puseram o pé na vila. Gostam sim, é de ficar a olhar de cima do miradouro, tirar umas fotografias e ir embora.
Emanuel Basilio