Precariedade, carga fiscal e subsidiodependência preocupam Chega-Madeira
O grupo parlamentar do Chega-Madeira foi recebido na tarde desta quarta-feira, 13 de Dezembro, pelo secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, no âmbito das audiências prévias com vista à elaboração do Governo Regional aos partidos com assento parlamentar. Na ocasião, o Chega demonstrou-se preocupado com a precariedade, a carga fiscal e as políticas que geram subsidiodependência.
Miguel Castro, presidente do partido na Madeira e líder da bancada parlamentar, à saída da reunião, teceu algumas considerações sobre o encontro sobre aquelas que tinham sido as ideias expressas pelo Chega ao secretário regional. "Estamos, acima de tudo, muito preocupados com o empobrecimento da classe média, que através de perdas reais no poder de compra, quer através do aumento do custo de vida, do aumento no crédito à habitação e dos níveis salariais, que são dos mais baixos da Europa”, observou Miguel Castro.
“A juntar a isto, vemos proliferar uma política de subsidiodependência, pela qual sucessivas lideranças têm andado a distribuir apoios e subsídios a tudo e a todos, mesmo àqueles que podem e devem trabalhar, mas que preferem ficar em casa, vivendo à custa de quem trabalha e paga impostos”, referiu o líder do Chega, informando que, durante a audiência, tinha solicitado ao secretário das Finanças "maior rigor, coerência e atenção na utilização dos dinheiros públicos, assim como na definição de uma política orçamental que ajudasse à população fazer frente aos muitos problemas que confrontam a sociedade, incluindo as famílias que trabalham, mas não estão a conseguir fazer frente às despesas básicas", refere nota enviada.
A concluir, Miguel Castro apontou outros temas abordados pelo Chega na reunião preparatória do orçamento, nomeadamente a precaridade laboral, as ajudas ao sector primário, os apoios às pequenas e médias empresas e a situação informática no Sistema Regional de Saúde e o diferencial fiscal.
Estamos muito preocupados com o que está a ser feito com os trabalhadores, incluindo no sector da hotelaria, sujeitos a uma enorme precaridade. Também chamamos a atenção do secretário para o diferencial fiscal, que é uma ferramenta enquadrada nos nossos poderes autonómicos e que o governo deveria usar de forma mais abrangente para reduzir os impostos que recaem sobre os cidadãos e as empresas. Não fazer uso do diferencial é agravar, sem necessidade, as condições económicas e financeiras da população, que já estão severamente abaladas. Miguel Castro.