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Primeiro-ministro do País de Gales anunciou demissão de líder do partido

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Foto Paul ELLIS / AFP

O primeiro-ministro do País de Gales, Mark Drakeford, anunciou hoje a demissão de líder do Partido Trabalhista galês, após cinco anos no cargo, desencadeando uma eleição interna para a sucessão.

Mark Drakeford, de 69 anos, foi eleito em dezembro de 2018 para liderar o Partido Trabalhista do País de Gales e, consequentemente, chefiar o Governo autónomo, que tem jurisdição sobre questões como a saúde, educação e transportes. 

"Quando me candidatei às eleições para líder do Partido Trabalhista do País de Gales, disse que me iria demitir durante a atual legislatura do Senedd [parlamento galês]. Chegou a altura", escreveu na rede social X (ex-Twitter). 

Drakeford disse esperar que o sucessor fosse escolhido pelo partido antes da Páscoa, permanecendo em funções até essa altura.

"Conseguimos muito nos últimos cinco anos, em alguns dos momentos mais difíceis que enfrentámos", continuou, referindo-se em particular ao 'Brexit' e ao "caos em Westminster", o Parlamento dominado pelos conservadores em Londres.

"A nossa maior tarefa ainda está à nossa frente: trazer um governo trabalhista de volta ao Reino Unido e começar a reparar os enormes danos infligidos pelos conservadores nos últimos 13 anos", acrescentou.

Professor universitário de Ciências Sociais, Mark Drakeford foi eleito pela primeira vez para a Assembleia do País de Gales em 2011 e desde 2013 ocupou vários cargos ministeriais.

A popularidade diminuiu nos últimos meses, sobretudo depois de ter reduzido o limite de velocidade em algumas zonas residenciais para cerca de 30 quilómetros por hora.

O líder do 'Labour' a nível nacional, Keir Starmer, descreveu Mark Drakeford como "um verdadeiro gigante" da política galesa e do Partido Trabalhista, enquanto o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, desejou-lhe "as maiores felicidades ao virar a página após muitos anos de serviço público".

A saída de Drakeford faz parte de uma série de transições na política britânica nos últimos quatro anos, nomeadamente à frente do executivo britânico por Boris Johnson, Liz Truss e Rishi Sunak, e a demissão da ex-primeira ministra escocesa, Nicola Sturgeon, após oito anos no cargo.