A ABAMA - Associação de Organizações de Produtores de Banana da Madeira, após reunir em assembleia-geral, votou pedir um aumento de preços pagos pelo produto, identificando várias situações no sector e apontando o dedo à GESBA, mas confiando que a nova secretária regional da Agricultura e Ambiente, Rafaela Fernandes, poderá resolver as situações apontadas.

Após "analisar, avaliar e partilhar as preocupações dos seus associados com peso, corte, recolha, transporte, seleção/escolha/classificação, embalamento e comercialização da Banana pela GESBA, assim como o prejuízo causado pela GESBA, por ter deixado a banana apodrecer em 'cima da terra', por má programação/desconhecimento do sector, tão vital para a Madeira, sufocando cada vez mais os produtores com grandes prejuízos incalculáveis", os associados da ABAMA "manifestaram grande desassossego em como a GESBA está gerindo o sector da banana".

E referem em nota de imprensa: "Não entendemos como é possível deixar apodrecer tanta banana em 'cima da terra' com tantos caminhos agrícolas e bons acessos viários, lembrando que no ano de 1998 produziu-se mais de 28.600.000 toneladas de banana, muito mais do que se produz atualmente e que as cooperativas nunca fizeram tanta 'pouca-vergonha' dos agricultores como a GESBA."

Assim, "por unanimidade, foi pedido o aumento do preço pago da banana ao produtor, pois as despesas têm aumentado todos os anos, salário, água, segurança social, adubos, produtos fitossanitários, impostos, etc.", referindo os produtores que "é inexplicável, no Novo Armazém que custou mais de 14 Milhões de euros, não conseguirem ver o peso da banana, pois não 'vemos' os ecrãs das balanças nem tão pouco as quantidades de caixas de banana por categorias, como deitam mais de 20% de banana para a meia serra, 'está cada vez pior'. Lembrando o velho tempo dos exportadores", argumentam.

Assim, "por proposta da direção da ABAMA, foi dado um voto de confiança à nova Secretária da Agricultura, para 'resolver' estes problemas, pois os produtores da banana não podem ser prejudicados por ineptidão/desconhecimento dos gestores do sector da banana".

Terminam garantindo que estão apostados "em defender apenas os interesses dos produtores da banana da Madeira, aqueles que metem as mãos na terra, defendem a qualidade do que se produz, valorizando a nossa ilha, quer para o turismo, quer a paisagem, quer o meio ambiente, como os postos de trabalho, alavancar a economia local e a marca banana Madeira".