Na matemática da natureza a Madeira foi premiada com uma multiplicação generosa de locais onde apreciar um pôr-do-sol memorável. Pode ser bem juntinho ao mar, nas piscinas do Porto Moniz, por exemplo ou bem juntinho às nuvens, no Pico do Areeiro. E muitos outros locais são igualmente convidativos para deixar fugir o olhar até lá longe.

Acima da linha do horizonte desenha-se a linha dos sonhos. O mar dá lugar ao céu e alguns conseguem ver ainda mais longe e mais alto. Vivem entre nós e ousam ser campeões do Mundo. São jovens conquistadores como a Madalena Costa e o Afonso Silva na patinagem. São atletas sem idade como o decano João Rodrigues na vela ou a Susana Gomes na natação. São atletas que quebram barreiras como o Francisco Gouveia no boccia e o André Jorge na natação adaptada. Não os conhece a todos? Não faz mal, ainda vai a tempo. O trabalho e a dedicação que empregam na sua paixão resultaram em títulos mundiais. Levam o nome da Madeira mais longe. Da Colômbia ao Japão e à Austrália, passando por Itália ou Espanha ou pelo continente.

A Madeira precisa de conhecer e lembrar histórias felizes para dar cor aos seus dias mais negros. O verde voltará e será a mesma natureza a recriar-se. A seu tempo, no seu ritmo. Felizmente não há mortos a enterrar, fiquemos então pelo cuidar dos vivos.