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Inflação altera preço de cabaz natalício

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A DECO PROTeste simulou o preço de um cabaz de Natal e notou que pode custar, pelo menos, mais cinco euros que em 2022

Apesar da situação precária que uma parte da população se encontra, os portugueses gostam sempre de rechear muito bem a sua mesa da ceia de Natal. De farinha e açúcar, ao bacalhau e peru, as famílias portuguesas fazem a sua lista de compras e seguem rumo ao supermercado, onde deixam dezenas ou até centenas de euros para proporcionarem a melhor ceia de Natal que conseguem.

Assim, a organização criou um cabaz fictício com 16 produtos natalícios para perceber as diferenças ano após ano. Em 2023, um cabaz com bens essenciais para a ceia de dia 24 de Dezembro pode custar mais cinco euros do que o ano passado. No total, o conjunto de produtos natalícios pode custar mais de 50 euros. Em 2022, este mesmo cabaz custava 46,31 euros, menos 9,7% do que em 2023. Mas que cabaz é esse?

A lista é composta por: açúcar branco, farinha para bolos, batata-vermelha, leite meio-gordo, seis ovos, couve, óleo alimentar 100% vegetal, carcaça tradicional, perna de peru, bacalhau graúdo, arroz carolino, azeite virgem extra, tablete de chocolate para culinária, abacaxi, vinho branco DOC Alentejo e vinho tinto DOC Douro.

Contudo, é preciso destacar que o preço do cabaz para a Consoada pode ser superior, visto que as contas estimadas foram feitas a contar apenas uma unidade de cada artigo ou um quilo, dependendo do produto. A DECO, ao analisar o cabaz de bens essenciais, tem notado que assegurar a alimentação de uma família sai cada vez mais caro e no Natal não é diferente.

Para perceber o impacto e as diferenças de valores no cabaz, composto por 16 produtos tipicamente utilizados na confecção da Consoada, a organização de defesa do consumidor calculou o preço médio dos artigos em todas as lojas online, que têm disponível um simulador.

Dos produtos acima mencionados, o azeite virgem extra, o arroz carolino, a farinha para bolos, a couve e o vinho tinto foram os produtos que registaram as maiores subidas percentuais de preço, no último ano. Por exemplo, o azeite aumentou 82% e, numa factura de 50 euros, cerca de 10 euros são só para uma garrafa do mesmo. Em 2022, a mesma garrafa de azeite custava quase seis euros.

Já o arroz carolino sofreu um aumento de 39 cêntimos, ou seja, custa atualmente 2,16 euros.

Embora o bacalhau ser um dos produtos que baixou de preço, em comparação com o ano passado, este peixe continua a ser o artigo mais caro, no cabaz de Natal da DECO Proteste. Um quilo de bacalhau custa 12,18 euros, quando em 2022 custava 12,77 euros.

Mesmo assim, nem tudo é mau. Para a ceia de 2023, há sete produtos mais baratos. Apesar do cabaz estar mais caro que o ano passado, o bacalhau, o vinho branco, os ovos, a perna de peru, o leite meio-gordo, a carcaça tradicional e o óleo alimentar estão com um preço mais baixo.

O vinho branco passou de 2,69 para 2,62 euros (seis cêntimos mais barato); o preço dos ovos também desceu cinco cêntimos (de 1,59 para 1,54 euros). Já a perna de peru, que custava 4,46 euros em 2022 está a 4,27 euros, menos 19 cêntimos por quilo.

Com uma descida mínima está o leite e a carcaça, apenas seis e dois cêntimos mais barato, respectivamente.O óleo alimentar é o produto com a maior decréscimo: o preço do produto diminuiu 1,13 euros, custando agora 1,91 euros.

Deste modo, a DECO Proteste aconselha a poupar nas idas ao supermercado, comparando os preços das várias superfícies e marcas, de modo a obter um cabaz com um valor mais próximo ao ideal.


*Artigo redigido pela estagiária Bruna Jardim, com supervisão do subdirector Roberto Ferreira.