O Marítimo joga, no domingo, nos Açores uma partida importante diante do Santa Clara, que detém uma vantagem de quatro pontos sobre os verde-rubros. Contudo, Manuel Tulipa, no regresso às conferências de imprensa para abordar os jogos da II Liga, não considera o jogo decisivo, pois “nada se decide, num campeonato, à 12ª jornada”, mas assegurando que “trabalhamos ao longo da semana para ir aos Açores vencer e com a noção de que temos essa capacidade”.

De resto, o treinador do Marítimo admite que a sua equipa não está mais acima na classificação porque “em alguns momentos, nos jogos na nossa casa, não foi capaz de ser melhor e mais competente, entre outras coisas que não me dizem respeito”, mas logo atira que “encaramos o jogo com o Santa Clara  cientes daquilo que somos capazes de fazer”

“Tenho a convicção de que será assim e se formos resistentes às curvas que vão surgir no nosso caminho, vamos conseguir os nossos objectivos. Vim para o Marítimo para o levar à I Liga e tenho a certeza de que o vamos conseguir, se estivermos todos juntos e unidos e com o suporte de todas as pessoas no clube”, diz com convicção.

Com o novo presidente, Carlos André Gomes, e ainda os vice Vítor Calado e Jorge Freitas, a  assistirem à conferência de imprensa, Tulipa foi colocado perante um novo quadro directivo no clube, após as eleições que determinaram uma nova direcção para o Marítimo.  “Para já fizeram uma coisa que não tinha acontecido anteriormente e que acho importante. As novas pessoas à frente do clube deram-se a conhecer, deram também a oportunidade de falarmos com elas, sendo um primeiro acto de gestão e civismo que alguém tem de fazer, e andam connosco. Assim sabemos que vamos estar juntos na alegria e nas tristezas”, sublinha.

Mas se o treinador maritimista não considerou o jogo com o Santa Clara decisivo, considera-o “importante”. “Há umas jornadas atrás estava o nosso adversário atrás de nós e, como todo o mérito ultrapassou-nos. Percebemos também o momento que atravessamos e reconhecemos qualidade ao Santa Clara, que nos vai obrigar a ter muita competência para fazermos um jogo de excelência e trazer os três pontos para a Madeira”, avança.

Manuel Tulipa fala de um Santa Clara como “uma equipa que evoluiu muito, depois de um inicio mais difícil, em virtude também das muitas mudanças no seu plantel”, mas que “paulatinamente os jogadores foram conhecendo a ideia do seu treinador”, fruto também “da experiência nesta II Liga de alguns jogadores que contrataram, num clube com grande estabilidade”, que formam agora “uma equipa que joga com uma linha de cinco defesas e que defende e com jogadores na frente que não precisam de muitas oportunidades para fazer golos”.

“Em alguns momentos do jogo o Santa Clara não está afinado e temos que aproveitar os momentos de transição defensiva e os momentos que o adversário nos quer pressionar, abrindo espaços para joga. Na preparação do jogo olhamos para as valências do nosso adversário, mas também muito para nós”, desenvolve o treinador do Marítimo.

Confrontado se a equipa precisa de ir ao mercado em Janeiro para colmatar eventuais debilidades no plantel,  Manuel Tulipa foi claro. “Não há nenhuma equipa que não queira ir ao mercado para se tornar mais forte, mas nós temos que perceber qual a situação da equipa e do clube. Depois temos capacidade, dentro da nossa organização, de reestruturar a equipa para melhor, porque ainda temos muito potencial que ainda não conseguimos desenvolver, ao nível que acho que é o potencial máximo de um jogador. Este será o nosso trabalho interno, depois ver-se-á o que podemos fazer no mercado de transferências, tendo até em conta a lesão prolongada do Bruno Marques e a saída do Joel”, conclui.

O Marítimo joga, no domingo, frente ao Santa Clara, em jogo agendado para as 15,30 horas da Madeira no Estádio de São Miguel.