Fartos de alternância, exigimos alternativas
Há anos demais, que os executivos em Portugal têm sido protagonizados pelo PS e PSD. Para os ditos de baixo o resultado está à vista: um vasto conjunto de iniquidades, grande parte delas, em nome das actuais e estafadas «contas certas», em prejuízo da melhoria das condições de vida da esmagadora maioria dos portugueses. Perfila-se, para as eleições que aí vêm, com os partidos do sistema a apelarem ao voto, só se lembrando de nós quando querem que os caucionemos, dizia que, as eleições vão ser duras, agressivas, mal-dizentes e poucochinho construtivas... a alternância é mais do mesmo, mudam os nomes, mas as políticas não respondem aos marginalizados de sempre. Aqueles partidos, campeões da corrupção em Portugal, podem prometer sol na eira e chuva no nabal, que o nível de abstenção será o vencedor eleitoral.
Se, no aparelho partidário do PS, dos três candidatos a secretário-geral, na prática, só dois é que podem lá chegar. Um, José Luís Carneiro, é tão socialista, que a sua filiação política mais bem inscrita seria no PSD(!). Aliás, disse-o, que seria muleta do PSD... caso este precisasse de viabilização para formar governo. O outro, Pedro Nuno Santos, com uma nódoa inqualificável pela trapalhada da TAP, e não só.... Não tem credibilidade. Estamos mal entregues a figurões sem categoria.
O PSD, competente defensor dum capitalismo que gera pobreza, indigência e darwinismo social, tem no seu presidente, Luís Montenegro, um mãos largas... disse no congresso que iria contemplar pensões mínimas, com ganhos equiparados ao salário mínimo nacional. Seriam atingidos 2 milhões de pobres.
Quando a esmola é farta, o pobre desconfia.... Afinal, deu o dito por não dito! Agora, é só para pouco mais do que 5% daquele número, sendo só para paupérrimos com complemento solidário para idosos.... O descrédito é total!
O PSD não conseguirá governar sozinho, precisará do partido anticonstitucional e de extrema-direita fascizante, Chega, e cá, adoptará aliança semelhante à verificada nos Açores.
Se PS e PSD não são farinha do mesmo saco imitam muito bem em bastas situações.
Vítor Colaço Santos