“Mulheres, vida, liberdade!“
Há 1 ano Jina Mahsa Amini (JA) foi presa em Teerão e agredida pela polícia da moralidade (PM) com a alegação que não estava a usar adequadamente o véu islâmico. Outras mulheres detidas testemunharam que a PM sujeitou JA a extrema violência o que lhe provocou a grave lesão cerebral que a matou, como foi confirmado pelos médicos da clínica para onde foi levada já em morte cerebral.
Um tribunal do Irão acaba de condenar a 6 e 7 anos de prisão as jornalistas iranianas Elaheh Mohammadi e Niloofar Hamedi por terem noticiado o assassínio de JA pela PM e feito uma reportagem sobre a família e o funeral de JA. São já 45 os jornalistas presos pela ditadura teocrática do Irão (DTI) por divulgarem as barbaridades perpetradas pela PM contra mulheres nomeadamente jovens estudantes, sendo agora o Irão o 3º país do mundo com maior número de jornalistas presos a seguir à ditadura comunista da R.P. da China e à ditadura militar de Mianmar.
Entretanto após um mês em coma faleceu mais uma vítima da PM a estudante de 16 anos Armita Garawand.
Desde a morte há 1 ano de JA foi desencadeado no Irão um grande movimento de manifestações de protesto contra o extremismo brutal da PM que tem sido violentamente reprimido pelas forças de segurança iranianas com milhares de detenções e já 108 mortes. As pessoas detidas são julgadas e condenadas por autoridades religiosas (clérigos) em julgamentos fantoche à porta fechada e sem direito a qualquer tipo de defesa dos seus direitos.
“Mulheres, vida, liberdade!“ é o grito de revolta de quem se manifesta contra a DTI que não só promove o terrorismo da moralidade contra as mulheres iranianas, como fomenta o terrorismo global que visa destruir Israel, destruir a democracia e impor nos países democráticos o terror do fundamentalismo islâmico.
Nomear o Irão para presidir ao Fórum Social do Conselho de Direitos Humanos da ONU foi mais um passo para a descredibilização da ONU e um achincalhamento dos Direitos Humanos.
Leitor identificado