Victor Freitas considera que o cenário mais provável é o de eleições antecipadas
O líder parlamentar do PS na Assembleia Legislativa da Madeira considera que o cenário "mais provável", depois da demissão de António Costa é o de "eleições antecipadas", mas admite que haveria a possibilidade de ser pedido ao PS que "indicasse outro primeiro-ministro" o que, diz, "não parece que vá acontecer".
Victor Freitas começa pro destacar a "grande atitude de António Costa" que "ao saber por um comunicado que estaria indiciado num processo" apresentou a sua demissão. Uma atitude que, sublinha, eleva o "patamar de responsabilidade de um primeiro-ministro".
O deputado socialista considera mais provável que Marcelo Rebelo de Sousa dissolva a Assembleia da República e convoque eleições antecipadas, tendo em conta que o Presidente da República afirmou, logo na tomada de posse de António Costa em que deixou claro que não aceitaria uma mudança de primeiro-ministro a meio do mandato.
A queda do Governo da República "tem efeitos orçamentais nas transferências para a região", lembra Victor Freitas que diz que tudo dependerá da decisão de Marcelo que pode aguentar o governo até à aprovação do Orçamento de Estado, o que aconteceria dentro de um mês.
"Seria melhor ter um orçamento viabilizado", não só para o orçamento regional, mas também para a administração pública e pensionistas.
Com um cenário de eleições antecipadas, provavelmente em finais de Janeiro, o PS-Madeira tem também a decorrer o processo de eleições do novo líder. Victor Freitas lembra que os órgãos do partido "estão todos a funcionar" e que o PS-M terá "um novo líder eleito a 2 de Dezembro", pelo que "mesmo que se marquem as eleições para Janeiro não será um problema".