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Madeira

SINDEPOR defende ordenado base de 1.600 euros para enfermeiros

O secretário regional de Saúde já está a par da reivindicação.   Foto Arquivo/Miguel Espada/Aspress
O secretário regional de Saúde já está a par da reivindicação.   Foto Arquivo/Miguel Espada/Aspress

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) emitiu uma nota de imprensa no qual "defende um ordenado base, de entrada na carreira, de 1.600 euros para os enfermeiros que trabalham no sector público, em vez dos atuais 1.280, a exemplo de outras carreiras. Este valor foi proposto numa reunião efetuada esta semana, com o secretário regional da Saúde e Proteção Civil da Madeira, Pedro Ramos", informa.

Diz ainda a estrutura sindical que "a reunião foi solicitada pelo SINDEPOR devido à greve às horas extraordinárias que decretou até final deste ano e que teve início a 3 de Novembro. Nas outras reivindicações apresentadas pelo sindicato, está a atribuição de um subsídio de risco para os enfermeiros e a antecipação da idade da reforma para os 60 anos de idade".

Assim, "na impossibilidade de baixar a idade da reforma para os 60 anos, o SINDEPOR propõe uma diminuição de dois turnos por semana para os enfermeiros com esta idade ou superior e defende a redução de um turno semanal para os enfermeiros a partir dos 55 anos de idade", destaca.

Já "a questão dos concursos para especialistas também esteve em cima da mesa", sendo que "os responsáveis da Secretaria Regional de Saúde e da Proteção Civil responderam ao SINDEPOR que as propostas apresentadas vão ser estudadas", garante.

Mais, "o SINDEPOR reclamou ainda que não se obriguem os enfermeiros com mais de 50 anos de idade a trabalhar horas extraordinárias, sendo que, se estes entenderem fazê-las, fica ao critério de cada um. Os sindicalistas sublinharam também a necessidade de respeitar as 11 horas de intervalo entre turnos de acordo com a lei".

Segundo Evaristo Faria, coordenador do SINDEPOR na Madeira, "o secretário Regional da Saúde Pedro Ramos tem adotado sempre uma posição de abertura e diálogo connosco, que enaltecemos, e esperamos que a mesma seja seguida pelas chefias intermédias". 

"Marcámos esta reunião para explicar os motivos que nos levaram para a greve", reforça. "Não estamos contra os enfermeiros que optem por fazer horas extra. Simplesmente, queremos evitar situações de rutura física e/ou emocional dos enfermeiros por excesso de trabalho", explica o líder insular do SINDEPOR. "Ao corrigirmos e evitarmos eventuais situações de rutura por parte dos enfermeiros, estamos a melhorar a segurança e qualidade dos cuidados de saúde prestados aos cidadãos", concluiu.

Além de Pedro Ramos, diz o SINDEPOR, participaram nesta reunião, entre outros, o presidente do conselho de administração do SESARAM, Herberto Jesus, a vice-presidente Filipa Freitas e o diretor clínico, Júlio Nóbrega, enquanto que da parte sindical estiveram presentes, além de Evaristo Faria, Zita Silva, da direção nacional, o dirigente regional João Silva e o consultor jurídico Ricardo Gouveia.