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Cruz Vermelha diz que caravana com ajuda humanitária foi alvo de tiros em Gaza

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O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) adiantou hoje que uma das suas caravanas que transportava ajuda humanitária em Gaza foi alvo de tiros, cuja fonte não especificou, num incidente que resultou num ferido.

"A caravana de cinco camiões e dois veículos do CICV transportava equipamentos médicos vitais (...) em direção ao hospital al-Quds da Sociedade do Crescente Vermelho Palestiniano, quando foi atingida por tiros", explicou este organismo em comunicado.

"Dois camiões foram danificados e um motorista ficou levemente ferido", acrescentou o CICV, realçando estar "profundamente perturbado" pelo situação em que a sua caravana humanitária "foi um alvo".

Para William Schomburg, chefe da subdelegação do CICV em Gaza, estas "não são condições em que o pessoal humanitário possa trabalhar".

"Estamos aqui para prestar assistência urgente aos civis necessitados. [Para] Garantir que a ajuda vital chegue às instalações médicas é uma obrigação legal ao abrigo do direito humanitário internacional", frisou

O CICV frisou, de acordo com o comunicado, que após o incidente a caravana humanitária "mudou de rota e chegou ao hospital de al-Shifa onde entregou material médico".

Depois, acompanhou "seis ambulâncias que transportavam pacientes gravemente feridos até à passagem de Rafah", na fronteira entre o Faixa de Gaza e Egito, detalhou ainda.

O movimento islamita palestiniano Hamas realizou um ataque surpresa contra Israel em 07 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e cerca de 5.000 feridos, além dos mais de 200 reféns, de acordo com as autoridades israelitas.

A retaliação de Israel contra a Faixa de Gaza começou logo depois, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira passada o cerco à cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas já fez, na Faixa de Gaza, mais de 10.000 mortos, entre os quais mais de 4.000 crianças, mais de 25.400 feridos e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais, controladas pelo Hamas.