Deputados do PSD-Madeira reagem com prudência e esperam por decisão de Marcelo
"Nós entendemos que devem existir eleições antecipadas", declara Sara Madruga da Costa
Sara Madruga da Costa e Dinis Ramos, dois dos deputados do PSD-Madeira à Assembleia da República, evitaram fazer, esta tarde, avaliações à decisão que o primeiro-ministro tomou de se demitir na sequência de uma investigação judicial e sublinharam que o futuro do Governo depende agora do Presidente da República.
Em declarações ao DIÁRIO, a deputada social-democrata afirmou que “cada titular do poder político deve analisar se tem ou não condições para desempenhar as suas funções e se a circunstância de ser suspeito ou arguido lhe permite o pleno desempenho das mesmas” e constatou que “o senhor primeiro-ministro entendeu que a suspeição é impeditiva e determinante e apresentou a sua demissão”. “Cabe agora ao senhor Presidente da República decidir, no quadro das suas competências, se vai convocar eleições ou optar por outra solução governativa”, completou Sara Madruga da Costa, que foi taxativa na saída que prefere: "Nós entendemos que devem existir eleições antecipadas".
Já Dinis Ramos, que é oriundo das fileiras da JSD, no que diz respeito à investigação em curso, segue a máxima que diz que “à justiça o que é da justiça” e não comenta pois “é matéria do foro criminal”. Ainda assim, reconhece que “as sucessivas polémicas, casos e ‘casinhos’ que têm existido sobre os vários membros do Governo da República não dignificam nem são compatíveis com a credibilidade exigida para o exercício das funções governativas”. Lembra ainda “a incapacidade de execução dos fundos do PRR e a inoperacionalidade dos serviços públicos”.
Na sequência da demissão do primeiro-ministro, Dinis Ramos observa que há vários quadros constitucionais possíveis, sendo que a posição determinante será tomada pelo Presidente da República.