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Crónicas

Analógicos

Achei sempre mais cauteloso manter o número fora das paixonetas, que, a bem da verdade, não foram muitas

O telefone preto que os senhores dos correios instalaram na minha casa em 1984 nunca teve uma mesa própria, nem um caderno para apontar números ou recados. A minha mãe dispensou o luxo e deixou-o em cima do aparador do quarto de jantar por cima da lista telefónica, onde no ano seguinte passou a constar o nome do meu pai e o nosso número.

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