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Madeira

Dia memorável para os finalistas do 'Liceu' com a inovação de dois padrinhos

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Os finalistas da Escola Secundária Jaime Moniz cumpriram, hoje, a tradicional cerimónia da Bênção das Capas, que mobilizou a participação de cerca de sete centenas de estudantes.

Todos os anos, a 30 de Novembro, os jovens estudantes do 12.º ano de escolaridade, trajados a rigor, com fato e capas pretas, renovam esta tradição secular, muito valorizada pela instituição 'Liceu', pelas famílias dos estudantes e pela comunidade em geral.

Este ano, a festa contou com um pormenor inovador, um padrinho e uma madrinha a abrilhantarem o evento, respectivamente Bruno Melim e Filipa Gomes. Pela primeira vez, os finalistas quiseram aliar à tradição a inovação – lema, aliás, da instituição – e convidaram dois padrinhos para esta celebração. A presidente do conselho executivo da ESJM, Ana Isabel Freitas, e a sua equipa fizeram as honras da casa, assim como o presidente da comissão de finalistas, Diogo Pérnia.

O evento contou também com a presença de Jorge Carvalho, secretário regional da Educação Ciência e Tecnologia, mas que se juntou, hoje, aos finalistas na qualidade de pai de uma jovem também finalista.

Um par de padrinhos conduziu os jovens à Sé do Funchal, ignorando a chuva que ameaçava cair. Pelas 15 horas, iniciou-se a celebração litúrgica de Bênção das Capas, presidida por Dom Nuno Brás, que fez um apelo à vivência da fé também pelos jovens.

Depois da cerimónia religiosa, a festa promete ser longa e animada, com o imperdível baile de finalistas.

É de recordar que a Escola Secundária Jaime Moniz foi pioneira nesta tradição da Bênção das Capas, sendo o exemplo seguido depois pelos demais estabelecimentos escolares do ensino secundário. Mediante Despacho de 09/12/1889, o Ministério do Reino, através da Direcção Geral da Instrução Pública, instituiu o uso facultativo da capa e batina aos estudantes do “Liceu”. Desde então anualmente, a Bênção das Capas reveste-se de profundo significado para a instituição, finalistas e famílias. Diga-se ainda que, esta é uma tradição tipicamente madeirense, que não se verifica no espaço continental.