Iniciativa Liberal vê com "muita preocupação" medidas que "ameaçam liberdade de expressão"
"Todos os partidos com tentações autoritárias em Portugal terão vigilância total e combate feroz por parte da Iniciativa Liberal sempre que tentarem afectar a liberdade de expressão", garantiu hoje a Comissão Regional do partido num comunicado remetido às redacções.
Na mesma nota, a Iniciativa Liberal(IL) congratulava-se de ter combatido uma directiva europeia que ia ser votada hoje na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, na qual o PS, pela mão da mesma ministra Mariana Vieira da Silva, se preparava para introduzir "uma alteração que aplicaria censura ao discurso dos portugueses, com penas de prisão para o discurso sobre figuras políticas e ideologias e limitando a liberdade editorial dos órgãos de comunicação social para cobertura da actualidade política".
A título de exemplo, dizer que socialismo é uma doença que gera pobreza e miséria aos povos, que votar no Chega é o mesmo que votar no Bloco de Esquerda do Ribatejo e abanar a cabeça a dizer 'sim' a toda a palha que lhe dão ou chamar de facho a um liberal (um desporto habitual na esquerda totalitária) seria punível por lei
"A Iniciativa Liberal combateu hoje esta intenção e o PS acabou por retirar todos os pontos que introduziam estas alterações", revela a mesma nota.
Os liberais explicam que esta medida remonta a 2020, quando "a Iniciativa Liberal detectou no programa do governo socialista a sua intenção de controlar o discurso dos portugueses e foi o único partido a questionar durante esse debate a ministra Mariana Vieira da Silva sobre como é que pretendia implementar a sua proposta de controlar o que os portugueses dizem nas redes sociais".
"A ministra fugiu de responder à IL. Em Julho de 2020 o governo anunciou novos avanços nessa medida e a Iniciativa Liberal submeteu um requerimento para audição urgente da ministra Mariana Vieira da Silva, que foi recusado com os votos do PS, PCP e BE", detalha o comunicado.
A Iniciativa Liberal viu com muita preocupação a entrada do governo por caminhos que ameaçavam a liberdade de expressão, a responsabilidade individual e que acabariam por instaurar um estado policial sobre os cidadãos, na linha de outros políticos estatistas e autoritários que prometeram usar a repressão do Estado para 'acabar com a bandalheira das redes sociais'.
A IL reitera que "liberalismo é liberdade de expressão e responsabilidade individual e combate liminarmente a implantação de Ministérios da Verdade com perseguição aos cidadãos por opinião política".