Portugal "revê-se perfeitamente" no apelo da ONU a pausa humanitária
O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu hoje que Portugal se "revê perfeitamente" na resolução da ONU sobre o conflito Israel-Hamas, rejeitando que a organização tenha pedido um cessar-fogo na guerra.
O ministro respondia a críticas da deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, que questionou a utilização pelo ministro João Gomes Cravinho da expressão "pausa humanitária", quando as Nações Unidas aprovaram uma resolução com a palavra "que o primeiro-ministro usa, que é cessar-fogo".
"Diz que a resolução na qual votámos apela a um 'cessar-fogo', mas a palavra utilizada é 'truce', palavra inglesa para 'trégua'", sublinhou o ministro, que está hoje a ser ouvido na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças sobre o Orçamento de Estado para 2024.
"Nós revemo-nos perfeitamente nesse aspeto da resolução", sublinhou o ministro, defendendo que, "não sendo possível haver um cessar-fogo, é melhor haver uma pausa" nas hostilidades.