É daqueles que aprecia o cheiro e o brilho do pinheiro natural, do musgo e das ramagens florestais na quadra natalícia? Saiba que existem regras apertadas para colher este tipo de material florestal.
Para arranque de conversa, se desrespeitar o quadro legal ou for apanhado pelas autoridades, deve estar consciente que as coimas podem ir até aos 25 mil euros se for empresário e 3.600 euros para os cidadãos individuais. Portanto, se não quer passar uma quadra com menos euros no bolso, convém tomar cautela e solicitar uma licença.
Para isso deve contactar o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) que é quem cabe a gestão e fiscalização deste processo sendo necessário efectuar um pedido de licença, mesmo que a propriedade seja sua, de um familiar ou de um amigo.
E saiba também que todos os anos o Corpo da Polícia Florestal desenvolve no período natalício, altura em que os comerciantes comercializam alguns materiais florestais, um conjunto de acções de fiscalização aleatórias nas áreas de perímetro florestal e ainda junto de comerciantes de venda de árvores florestais (licenças de corte).
O IFCN criou uma estratégia comunicacional para ganhar maior relevância numa perspectiva da sensibilização ambiental, de modo a privilegiar a aproximação da Polícia Florestal à população residente e visitante e incrementar a informação transmitida à população sobre boas práticas florestais/ambientais. Ouça o que diz Manuel Filipe, o presidente do IFCN.
Na prática o que diz é que estas acções de fiscalização e sensibilização são de carácter aleatório, dinamizadas pelo CPF, num contacto directo com as pessoas que circulam nos perímetros florestais da Madeira e Porto Santo. Decorrem até 23 de Dezembro. Por isso não tente arriscar.
Este ano já estão inscritos 20 instituições, num total de 408 participantes, que durante o mês de Novembro receberam a visita dos elementos do CPF e da equipa de educação ambiental da Divisão de Formação e Comunicação, para uma acção de sensibilização alusiva ao tema.
Previamente, já tinha sido entregue a cada Instituição uma rodela de madeira, com cerca de 30 cm de diâmetro para ser decorada pelos alunos/utentes com materiais reutilizados que funcionará como um adereço simbólico desta Campanha de Natal.
Segundo o presidente do IFCN “este ano diminuímos muito a cedência de árvores dos perímetro florestais, praticamente cedemos para hospitais e lares”, realçando que apenas foram emitidas 77 licenças em propriedade privada e domínio público sob gestão do IFCN contabilizando até sexta-feira passada 465 árvores. Os molhos de ramagem foram 126 e 162 sacos de musgo.