Azeite não está para o bolso dos madeirenses
O aumento do preço de vários produtos alimentares tem feito muitas famílias reduzir nas compras do supermercado. Há produtos considerados essenciais, como é o caso do azeite, que sofreram “um aumento absurdo” e que, admitem alguns consumidores, “não está para o bolso da maioria dos madeirenses”.
Mas será que este aumento no preço do azeite foi assim tão significativo?
Segundo um estudo da DECO PROTeste, a 22 de Novembro deste ano uma garrafa de 75 centilitros de azeite custava já 10,14 euros, ou seja mais 4,45 euros do que há um ano. Isto mostra que o preço do azeite virgem extra aumentou quase 80%.
A DECO PROTeste adianta que o preço do cabaz alimentar monitorizado pela Defesa do Consumidor desde o início de 2022 custava, a 22 de Novembro, 231,70 euros.
O preço sofreu uma ligeira redução com a entrada em vigor do IVA Zero mas, nesta semana de Novembro, e depois de várias semanas a aumentar, este cabaz voltou a atingir um dos preços mais elevados do ano.
Mas será que este foi o único produto no cabaz de bens essenciais a aumentar? Os estudos mostram que não!
De acordo com a DECO, além do azeite virgem extra, no último ano os maiores aumentos de preço verificaram-se nos cereais e no arroz carolino. “Os cereais subiram 2,05 euros (75%) no último ano, para 4,80 euros, a 22 de Novembro. O arroz carolino, por sua vez, aumentou 84 cêntimos no último ano (64 por cento). A 22 de Novembro deste ano custava já 2,16 euros”, explica.
Já na última semana, entre 15 e 22 de Novembro, os produtos que mais viram o seu preço subir percentualmente foram a couve-coração (mais 17%), a alface frisada (mais 17%) e o iogurte líquido de morango (mais 10%).
O estudo explica ainda que a invasão da Rússia à Ucrânia, de onde eram provenientes grande parte dos cereais consumidos na União Europeia (e em Portugal) veio pressionar o sector agroalimentar, que estava há já vários meses a braços com as consequências da pandemia e da seca, que tiveram forte impacto na produção e na criação de stocks.