Daniel Adrião, candidato a líder do PS, considera que Pedro Nuno Santos não é "elo mais fraco"
O candidato à liderança socialista Daniel Adrião defendeu hoje o "PS é um voto seguro", considerando que o adversário Pedro Nuno Santos "não é o elo mais fraco" do partido, apesar dos argumentos que tem dado à direita.
Em declarações aos jornalistas à margem da apresentação pública da sua candidatura a secretário-geral do PS, Daniel Adrião foi questionado sobre o discurso de hoje do líder social-democrata, Luís Montenegro, e o facto de se ter focado em Pedro Nuno Santos.
Daniel Adrião, que começou por referir que não tinha ouvido a intervenção do líder do PSD, voltou a apelar a Pedro Nuno Santos para que aceite a realização de debates entre os candidatos à liderança do PS.
"Os debates não enfraquecem o PS, os debates só fortalecem o PS", enfatizou.
Perante a insistência dos jornalistas sobre esta estratégia de Montenegro, o candidato socialista afirmou: "Eu não acho que Pedro Nuno Santos seja o elo mais fraco do PS".
Sobre a justificação dada por Pedro Nuno Santos para recusar os debates de que estes dariam "argumentos à direita", Daniel Adrião considerou que dos três candidatos, aquele que "tem dado argumentos à direita é Pedro Nuno Santos, porque é ele que está a ser alvo dessas críticas e essas fragilidades têm vindo a ser exploradas".
Questionado sobre o apelo de Montenegro ao voto dos socialistas moderados na "casa segura" que diz ser o PSD, Daniel Adrião recusou esta ideia do líder do PSD.
"Acho que o PS é um voto seguro. Precisa de se reorganizar, de encontrar um novo líder e novos protagonistas", respondeu, considerando que o seu partido "está em condições de se apresentar aos eleitores como o projeto político mais seguro para o país".
Na sexta-feira, de acordo com cartas enviadas aos outros dois candidatos às quais a Lusa teve acesso, Daniel Adrião desafiou os seus adversários na corrida a secretário-geral do PS para debates, esperando que José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos respondam a esse repto "com todo o entusiasmo".
Daniel Adrião lidera deste 2016 uma sensibilidade minoritária nos órgãos nacionais do PS e recandidata-se ao cargo de secretário-geral do partido, depois de já o ter feito em 2016, 2018 e 2021, sempre contra António Costa.
Na sequência do último congresso do PS, que se realizou em Faro, no verão de 2021, a lista liderada por Daniel Adrião elegeu 12% dos membros da Comissão Nacional e 15% da Comissão Política.