“Hoje reconhece-se a mediocridade e a falta de categoria”
“Antigamente cultivava-se a Pátria e o orgulho de ser português, o sentimento de unidade e solidariedade, que definia o que nos unia. Hoje, nada disso existe, infelizmente, o que se consagra e reconhece é a menoridade e a falta de categoria”. Foram com estas palavras que João Abel de Freitas, um antigo militar concluiu a sua intervenção na conferência, 'O 25 de Novembro – O antes o durante e o depois', que decorre em Câmara de Lobos.
O “vazio é o que nos enche e preenche. A intriga e falsidade o que alimenta. O género o que domina e prevalece. Vivemos um tempo em que ser artista, habilidoso e mentiroso é um ‘must’. É destaque”, afirmou num tom crítico à actualidade política e social do país deixando ainda mais palavras contundentes.
“Ser desonesto, é uma arte, ir para a cadeia o prémio.
Vejam que até os próprios governantes, salvo raras excepções, estão mais preocupados com os seus interesses, caprichos e gestão da agenda própria ou pessoal, do que, com o bem comum ou com as necessidades das pessoas”, recordou recentes episódios.
Actualmente, os poucos momentos de união e orgulho de sermos portugueses “é termos uma pátria comum, é uma vitória, ou um feito da selecção nacional de futebol. É pouco, manifestamente pouco e insuficiente”, rematou o empresário.
Segue-se a segunda intervenção a cargo de Ricardo Vieira.