Proposta do Chega para criar Gabinete de Prevenção da Corrupção vai ao plenário
A criação de um Gabinete de Prevenção da Corrupção é uma proposta apresentada pelo Chega que, em breve, será discutida em plenário pela Assembleia Legislativa da Madeira. A proposta foi aprovada pela 1ª Comissão da ALRAM, sendo que prevê "prevê a concepção de um novo órgão que defina, desenvolva e coordene estratégias de combate ao amiguismo, ao compadrio e à subserviência da administração pública a poderes instalados e redes de interesse adversas à concretização equilibrada e justa do Bem Comum".
Para Miguel Castro, este é "um sinal importante da mudança" que o partido pretende trazer à vida política regional. “O combate à corrupção é a nossa grande bandeira e fizemos questão de assumir esta iniciativa pioneira na Região. Agora, convidamos os outros partidos a provar se estão, ou não, verdadeiramente comprometidos com o combate sério a todos os tipos de ingerência da Causa Pública", disse o líder do partido, numa conferência de imprensa realizada esta manhã.
Miguel Castro relembrou que Portugal está abaixo da média europeia no Índice de Percepção da Corrupção, sendo um país que, anualmente, “perde cerca de dezanove mil milhões de euros para a corrupção, um valor que poderia ser investido em áreas crucias da vida nacional, tais como a Saúde, a Educação, a Justiça, a Habitação ou até a redução da carga fiscal que asfixia quem trabalha".
O também deputado afirma que os partidos que têm liderado a República e a Região nas últimas décadas têm sido os primeiros a demonstrar muito pouca abertura para o combate à corrupção. Para Miguel Castro, “têm muito a perder e ainda mais a esconder".
Quer o PS, quer o PSD, têm usado o poder político para espalhar a sua teia de tachos e alimentar uma rede tentacular de interesses, usando o dinheiro de todos nós para se manterem alapados aos cargos que ocupam. Miguel Castro, Chega
O partido apontou “a ausência de planos contra a corrupção em certos departamentos da Administração Pública, o facto da Madeira não cumprir com o regime nacional de incompatibilidades, que se aplica aos deputados e aos membros do governo, e a propositada falta de fiscalização em certos negócios de especulação imobiliária” como “exemplos claros e gritantes” de que a Região continua a demonstrar, a seu ver, “falta e transparência e de compromisso com a boa gestão da Causa Pública e do Erário Público.”