Em média o Banco Alimentar (BA) na Madeira tem vindo a distribuir diariamente cerca de dois mil quilos de alimentos por Instituições de Solidariedade Social. Dado revelado esta tarde pela presidente da direcção do BA na Madeira, Fátima Aveiro, durante a intervenção proferida na abertura do III Encontro Anual - Instituições e Parceiros, subordinado ao tema ‘Campanhas do Banco Alimentar - Um Compromisso Social’.

Oportunidade para a responsável do BA na Madeira fazer uma reflexão sobre a trajectória das campanhas (22) realizadas desde 2003.

Desde logo para reconhecer e enaltecer o contributo “fulcral” dos parceiros, mas também deixar alguns recados. Desde queixas das instituições, ao repto para uma maior mobilização, passando pelo desafio de uma melhor organização, ciente que só com “engenho e arte” será possível continuar a fazer “chegar os alimentos a quem mais precisa”, apontou.

Por entender que “tudo é possível quando nós nos envolvemos”, Fátima Aveiro reforça que “é do interesse de todos se envolverem e se comprometerem”, ao concluir que “cada um de nós fazendo a sua parte faz toda a diferença”.

Com a próxima campanha de recolha de alimentos agendada para o primeiro fim-de-semana alargado de Dezembro, de 1 ao dia 3, faz votos que a população em geral não se deixe contagiar pelas promoções que ocorrem deste final de semana. “Só espero quer a ‘black friday’ não consuma os recursos financeiros de cada um”, manifestou perante a plateia presente neste III Encontro Anual - Instituições e Parceiros.

Além do apelo à solidariedade, procurando sensibilizar a comunidade para as carências alimentares que afectam muitas famílias, reconhece que as duas campanhas anuais “são o rosto visível do BA” e assumem “papel fundamental, porque nós somos referência. O BA faz diferença na vida das pessoas”, garante.

Elucida que a intervenção do BA vai muito para além destas campanhas, já que “todo o resto acontece nos bastidores, todos os dias úteis”.

Ainda relativamente às campanhas, diz que as mesmas são também “oportunidade para promover o voluntariado” e contribuem para reforçar os “valores de entreajuda”. Acresce a luta contra o desperdício, recuperando excedentes alimentares, mobilizando pessoas e empresas por uma causa que muito deve “às pessoas de boa vontade”.

“Congregamos aqui muitas vontades, muita capacidade de trabalho, muita logística”, concretizou.