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Madeira

JPP acusa GR de "usar as verbas da Bazuca para destruir património secular"

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O líder do Grupo Parlamentar do Juntos Pelo Povo (JPP), Élvio Sousa, acusou esta quinta-feira, 23 de Novembro, o Governo Regional da Madeira de "usar as verbas da Bazuca para destruir património secular". 

Em causa está a alegada "destruição" da Quinta das Lagartixas, datada de finais do século XVIII, localizada na Rua 31 de Janeiro, no centro da cidade do Funchal. 

“Será que Albuquerque e Jesus sabem quanto vale o património do século XVIII?”, questionou Élvio Sousa, durante uma conferência de imprensa do JPP que decorreu na Assembleia Legislativa da Madeira.

“Depois de o Governo Regional ter lançado o catálogo Quintas (da segunda metade do século XIX até 1960) e de o secretário regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, ter afirmado que esse tipo de imóvel "só existe na Madeira”, a verdade é que o Governo PSD/CDS/PAN, prepara-se para demolir uma das mais interessantes quintas históricas, em bom estado de conservação do Funchal e que só existe na Madeira”, denunciou o líder do Juntos Pelo Povo.

Élvio Sousa alertou para a "destruição da Quinta", fazendo referência ao Contrato de Prestação de Serviços de Elaboração do “Projecto de Arquitectura e Especialidades para a Construção de um Edifício na Rua 31 de Janeiro n.º s 77 a 80, no Funchal” celebrado entre a própria PATRIRAM -Titularidade e Gestão do Património Público Regional, S.A. e a FADL – Unipessoal, Lda.

“Trata-se da antiga residência das irmãs Lagartixas, da família da escritora Maria do Carmo Leite Monteiro Rodrigues (1924-2014) que a doou à Região, e que agora, como se atesta e se prova pela apresentação do projeto pelo Governo Regional da Madeira, será totalmente arrasada para dar lugar à construção de apartamentos, com as verbas do PRR”, apontou.

Pergunto ao Secretário Eduardo Jesus, que já contribuiu para empobrecer os Madeirenses, por estarmos a pagar entre 400 e 600 euros por uma viagem entre a Madeira e o continente, e ao presidente do Governo Miguel Albuquerque, se têm a noção de quanto vale este património do século XVIII? É porque estar a usar as verbas da Bazuca, que na Madeira não têm a fiscalização parlamentar, para andar a destruir património secular, e mais grave, em áreas de proteção legal de edifícios históricos classificados, é um “crime de lesa património. Élvio Sousa, JPP