Governo do Hamas contabiliza 13 mil mortos no enclave
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, afirma que foi retomada a contagem pormenorizada das vítimas da guerra entre Israel e o Hamas, tendo sido registadas mais de 13.000 mortes.
Medhat Abbas confirmou à Associated Press o recomeço da investigação sobre as vítimas.
O Ministério da Saúde tinha deixado de atualizar os números no dia 11 de novembro, após a interrupção do acesso e das comunicações no norte de Gaza, onde as tropas terrestres israelitas combatem os militantes palestinianos.
A última contagem baseia-se nos números atualizados dos hospitais do sul e nos números de 11 de novembro dos hospitais do norte.
O Ministério da Saúde afirma que foram dadas como desaparecidas mais de seis mil pessoas, que se receia estarem soterradas pelos escombros.
O acordo para um cessar-fogo de quatro dias em Gaza e para a libertação de dezenas de reféns do Hamas e de palestinianos presos por Israel parece enfrentar um obstáculo de última hora.
Um alto funcionário israelita disse que o acordo só entraria em vigor na sexta-feira, um dia mais tarde do que o inicialmente anunciado.
O avanço diplomático prometia algum alívio para os mais de 1,7 milhões de palestinianos que fugiram de casa durante semanas de bombardeamentos israelitas, bem como para as famílias em Israel que temem pelo destino das pessoas capturadas durante o ataque do Hamas de 07 de outubro que desencadeou a guerra.
O conselheiro de segurança nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, anunciou o adiamento na quarta-feira, sem fornecer qualquer justificação.
Os meios de comunicação social israelitas informaram que alguns pormenores finais ainda estavam a ser trabalhados.
O Qatar, país do Golfo Pérsico que desempenhou um papel fundamental na mediação com o Hamas, disse hoje que uma nova data para a entrada em vigor do acordo seria anunciada "nas próximas horas".
O acordo estava inicialmente previsto para começar às 10:00 (08:00 em Lisboa) de hoje.
Os Estados Unidos e o Egito também participam na negociação do acordo, que prevê a libertação de 50 reféns, por fases, em troca da libertação de 150 prisioneiros palestinianos.
O Qatar afirmou que o cessar-fogo permitiria a entrada em Gaza de um "maior número de comboios humanitários e de ajuda de emergência", incluindo combustível, mas não deu pormenores sobre as quantidades reais.
Netanyahu afirmou que o acordo inclui uma disposição que permite ao Comité Internacional da Cruz Vermelha visitar os reféns em cativeiro.
O Ministério da Justiça israelita publicou uma lista de 300 prisioneiros que podem ser libertados, na sua maioria adolescentes detidos no ano passado por lançamento de pedras e outros delitos menores.