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Economia britânica vai crescer mais do que previsto em 2023

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A economia britânica deverá crescer 0,6% em 2023, em vez de uma contração de 0,2% prevista em março, de acordo com as estimativas oficiais hoje publicadas juntamente com um balanço orçamental do ministro das Finanças, Jeremy Hunt. 

No entanto, segundo as estimativas revistas pelo Gabinete para a Responsabilidade Orçamental (OBR na sigla inglesa), nos próximos dois anos o crescimento deverá ser de 0,7% e 1,4%, respetivamente, muito abaixo das previsões anteriores de 1,8% em 2024 e 2,5% em 2025.

Para estimular a economia e o nível de vida, Hunt afirmou que o país tem de ser mais produtivo e apresentou 110 medidas orçamentais sobre questões como competências, habitação e planeamento para "desbloquear" 20 mil milhões de libras (23 mil milhões de euros de investimento.

A medida mais mediática de hoje foi um corte maior do que o previsto nas contribuições para a Segurança Social de dois pontos percentuais, para 10%, já a partir de janeiro.

Para o setor empresarial, tornou permanente a isenção fiscal total de investimento de capital, o que permite às empresas recuperar os gastos em instalações e maquinaria.

O Ministério das Finanças já tinha revelado na terça-feira que iria aumentar o salário mínimo nacional em quase 10% (9,8%), passando de 10,42 libras (11,97 euros) por hora para 11,44 libras (13,14 euros) por hora.

Jeremy Hunt, que até agora tem sido cauteloso, reivindicou que a economia britânica "virou uma esquina" graças à tendência de descida da inflação e do endividamento público.

"Depois de uma pandemia global e de uma crise energética, tomámos decisões difíceis para voltar a colocar a nossa economia no bom caminho", afirmou Hunt na Câmara dos Comuns.

O OBR prevê que a inflação, atualmente em 4,6%, deverá cair para 2,8% até ao final de 2024 e para 2% no ano seguinte, enquanto a dívida pública, atualmente 97,8% do Produto Interno Bruto (PIB), diminuirá para 91,6% do PIB em 2024.

Apesar de as medidas anunciadas hoje reduzirem a carga fiscal em 0,7 pontos percentuais, o organismo independente disse que continua num nível recorde e vai continuar a subir até 37,7% em 2028-29.