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Madeira

Nova Mesa da ACIF focada na Promoção Imobiliária

Responsáveis pela nova estrutura tomaram posse hoje. Tomás Brito, do Grupo Pestava, é o presidente, coadjuvado por Victor Sousa, da SAVOY – Investimentos Turísticos, S.A., e por David Correia, da SOCICORREIA – Investimentos Imobiliários, S.A.

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A Associação Comercial e Industrial do Funchal – Câmara do Comércio e Indústria da Madeira (ACIF) passa a contar, a partir de hoje, com uma Mesa da Secção de Promoção Imobiliária.

A tomada de posse desta nova estrutura da ACIF aconteceu esta quarta-feira. Eleita para o próximo triénio, a Mesa tem como presidente Tomás Brito, do Grupo Pestana, sendo coadjuvado por Victor Sousa, da SAVOY – Investimentos Turísticos, S.A., e por David Correia, da SOCICORREIA – Investimentos Imobiliários, S.A..

Ao DIÁRIO, Tomás Brito reforçou que a constituição desta nova mesa resulta, em parte, da dinâmica que o sector tem conhecido nos últimos tempos e do peso que o mesmo representa na economia regional, motivos válidos para “uma estratégia concertada”, como forma de evitar a fragmentação do mercado.

“O mercado imobiliário na Madeira está cada vez mais a ganhar mais força, a ser mais conhecido, não só a nível nacional, mas também a nível internacional. E a criação desta nova mesa ajuda os ‘players’ que estão no mercado a delinear estratégias conjuntas, porque quando todos remam para um lado é sempre melhor para a Região. Os esforços unem-se que depois culminam com o crescimento do mercado”, apontou o gestor de projecto da empresa Ponta de Lança - Sociedade Imobiliária, S.A., do Grupo Pestana.

O crescimento que o sector, sobretudo depois da pandemia, foi outro aspecto realçado pelo novo presidente, apontando que os clientes estrangeiros, sobretudo de nacionalidades que não eram habituais na Madeira, têm algum peso nas contas finais, não deixando de antever que, no futuro, a subida das taxas de juro possa vir a originar alguma recessão. Estes aspectos, no seu entender, reforçam, ainda mais, a importância da criação desta nova mesa.

O aumento das transações com estrangeiros, representando cerca de 10% do total regional, confluem num aumento do preço final dos empreendimentos, por força do aumento da qualidade que essa nova procura exige, colmatando a ausência de procura do mercado regional nesse segmente. "Estamos a falar de empreendimentos de luxo, de construção nova feita em primeira linha, com excelentes acabamentos. Por isso, além da construção ser boa, tem localizações únicas, e isso também se paga. O preço da mão-de-obra está a subir drásticamente, sendo difícil encontrar pessoas para trabalhar, e isso também se reflecte no preço ao consumidor", sustenta Tomás Brito. 

Para já, a recessão ainda não é sentida, já que os números de 2023 são superiores aos de 2022, mas acredita que o fim dos Vistos Gold e o programa Mais Habitação trazem novos desafios, que exigem uma postura conjunta das empresas do sector, para mais facilmente definir estratégias e formas de evitar problemas maiores.

Conforme explicou, ao DIÁRIO, Jorge Veiga França, esta nova Mesa surge da divisão de uma antes existente no sector, apontando que, em breve, serão empossados, também, os novos órgãos da Mesa da Secção de Mediação Imobiliária.  

O presidente da Direcção da ACIF-CCIM acredita que esta nova configuração vai permitir uma maior dinâmica das duas mesas, evitando posições antagónicas que até podiam anular a acção nesta área, beneficiando o sector de uma maneira geral, dando uma melhor resposta às exigências actuais. 

Na ocasião, Veiga França voltou a alertar para o problema da falta de mão-de-obra, transversal aos vários sectores da sociedade, salientando que temos assistido a "uma sangria contínua", com os trabalhadores a 'escaparem' para outros países onde as condições salariais são mais atractivas. O presidente da ACIF pede, por isso, medidas que fomentem a fixação de profissionais, para um crescimento sustentado.