Portugal e a Demografia Infantil: Propostas para o Futuro
A celebrar do Dia Universal dos Direitos da Criança, em 20 de novembro, o Pordata ofereceu uma oportunidade crucial para reflexão sobre a situação das crianças e jovens em Portugal. Os dados fornecidos pela Fundação Francisco Manuel dos Santos pintam um quadro preocupante e instigam a uma análise profunda das tendências demográficas e sociais que moldam a vida dessas gerações.
Ao longo das últimas cinco décadas, Portugal perdeu mais de um milhão de crianças e jovens, representando agora apenas 12,8% da população total. Este declínio acentuado coloca o país em segundo lugar com a menor proporção de jovens na União Europeia. O envelhecimento demográfico torna-se evidente, com implicações significativas para a dinâmica social e económica.
O aumento no número de crianças estrangeiras, que atualmente compreende 4,9% da população com menos de 15 anos, pode ser interpretado como um reflexo da imigração, tendo por grande parte brasileiros, chineses e angolanos. No entanto, é essencial garantir que essas crianças recebam o apoio necessário para uma integração plena na sociedade portuguesa.
A prevalência de famílias monoparentais, especialmente aquelas concebidas por mães, destaca a necessidade de políticas de suporte familiar. O desafio educacional também é evidente, com Portugal liderando a União Europeia em crianças no pré-escolar com 30 ou mais horas semanais, mas com uma cobertura ecológica nas respostas sociais de creche.
Que Portugal queremos para o futuro? Um com raízes ancestrais ou um dominado, dia após dia por estrangeiros com seus costumes e trejeitos onde os portugueses perdem seus vínculos, cultura e tradicionalidades?
O índice alarmante de crianças vivendo em situação de pobreza - 266 mil em 2021 - exige uma ação urgente. Reduzir essa cifra é essencial para garantir um desenvolvimento saudável e igualdade de oportunidades. Medidas para melhorar a cobertura de creches, aumentar a acessibilidade à educação de qualidade e implementar políticas de apoio às famílias monoparentais são imperativas.
A médio prazo, é vital investir em educação sexual abrangente e acessível, não apenas informar, mas também capacitar os jovens a tomar decisões informadas sobre planejamento familiar. A implementação de políticas que promovam um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal também pode encorajar os casais a expandirem suas famílias.
Para longo prazo, é imperativo abordar as causas estruturais do declínio demográfico, bem como as dificuldades económicas enfrentadas pelos jovens casais. Políticas que visam melhorar as condições económicas, incluindo habitação acessível e oportunidades de emprego benéficas, Mais do que encher o mundo de filhos é preciso um compromisso firme de curto, médio e longo prazos com políticas seguras e inovadoras é essencial para garantir um futuro mais vibrante e sustentável para as crianças e jovens portugueses.
Gregório José