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A Guerra País

MAI diz que helicópteros Kamov "estão há muito preparados" para serem enviados para a Ucrânia

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O ministro da Administração Interna afirmou hoje que os seis helicópteros Kamov oferecidos por Portugal à Ucrânia "estão há muito tempo preparados para serem enviados", mas que a morte do anterior ministro do Interior ucraniano criou "um impasse".

"Estão já há muito tempo preparados para serem enviados para a Ucrânia, contudo, dependem dos termos que a Ucrânia comunique que quer o transporte e a sua operacionalização", afirmou José Luís Carneiro, à margem da conferência "A nova economia" organizada pela CNN Portugal.

Questionado sobre o facto de os seis helicópteros Kamov de combate a incêndios ainda permanecerem no país, José Luís Carneiro lembrou que o Ministério da Defesa estabeleceu um compromisso com o anterior ministro do Interior da Ucrânia que, na sequência de um acidente, faleceu.

"Isso criou um impasse, mas o Ministério da Defesa e [o Ministério] dos Negócios Estrangeiros estão a acompanhar esse assunto", assegurou.

Os seis helicópteros Kamov de combate a incêndios oferecidos por Portugal à Ucrânia há mais de um ano ainda permanecem no país, aguardando as autoridades portugueses por indicações de Kiev, avançou hoje à Lusa o Ministério da Defesa.

Os seis Kamov, que não têm licença para operar em Portugal por serem de origem russa, estão inoperacionais e estacionados no aeródromo de Ponte de Sor, distrito de Portalegre.

O anúncio do envio dos helicópteros para a Ucrânia foi feito pela ministra da Defesa, Helena Carreiras, em outubro de 2022, uma decisão criticada, na altura, por Moscovo que considerou tratar-se de uma "violação das suas obrigações contratuais".

Em junho deste ano, a ministra da Defesa afirmou que estava a ser planeada a preparação do envio dos Kamov.

Dos seis helicópteros pesados, um está acidentado desde 2012, outros dois estão para reparação desde 2015 e os restantes três Kamov estão parados desde o início de 2018.

Os Kamov foram adquiridos em 2006 pelo Ministério da Administração Interna, então liderado pelo atual primeiro-ministro, António Costa.