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Fisco vai perder mais de 2 mil funcionários para a reforma até 2025

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Mais de 2 mil funcionários da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) vão reformar-se até 2025, e quase metade sairão dos serviços de Finanças a que se somam 341 dos serviços centrais.

A previsão do número de saídas por aposentação consta do Plano Estratégico da AT para o período 2023-2025, agora divulgado publicamente, e leva a AT a apontar a "idade média elevada" dos seus trabalhadores e a carência de pessoas com competências em novas áreas de conhecimento entre os "pontos fracos" que identifica no horizonte.

Numa análise à evolução dos seus recursos humanos para o período 2023 a 2025, a AT espera que um total de 2.020 trabalhadores se reformem até lá, sendo que esta estimativa é feita no pressuposto de que estes trabalhadores apenas vão deixar a vida ativa quando atingirem a idade legal da reforma.

Naquele total, que corresponde a 19% dos funcionários da entidade liderada por Helena Borges, há 385 pessoas que ocupam cargos de chefia, ou seja, são cerca de um quarto das chefias da AT. Por outro lado, a maioria dos que se vão aposentar até 2025 são mulheres (1.259) e 761 são homens.

O documento detalha que dos 341 trabalhadores dos serviços centrais que vão sair até 2025, mais de metade (55%) é das áreas da inspeção tributária e aduaneira, incluindo a Unidade de Grandes Contribuintes (UCG), recursos financeiros, património e sistemas de informação.

Ciente da necessidade de se continuarem a aproveitar as oportunidades trazidas pelas novas tecnologias, a AT lembra também o outro lado desta evolução, salientando que o crescimento da economia digital traz desafios acrescidos para as autoridades fiscais e aduaneiras, colocando-a entre as principais ameaças que identifica, a par do aumento da complexidade da fraude e da evasão fiscal ou do aumento dos níveis de ameaça em termos de segurança informática.

"A par com os crescentes níveis de exigência, a organização debate-se com a necessidade de rejuvenescimento e de reforço do seu capital humano, em resultado das fortes restrições que, em matéria de recrutamento, impendem, há vários anos, sobre a administração pública, com impacto na necessária partilha do conhecimento entre as várias gerações de trabalhadores e as competências que cada um deles mais fortemente evidencia", refere o relatório que coloca entre a sua estratégia a atração e retenção dos seus recursos humanos.