PCP quer redução do IVA na electricidade e no gás
"A gravidade, natureza e consequências dos recentes acontecimentos no plano político-institucional no País não podem colocar para segundo plano os reais problemas que afectam a vida dos trabalhadores e do povo nem reduzem a urgência de lhe dar resposta e solução", afirmou hoje, Ricardo Lume, no decurso da tribuna pública, realizada no centro do Funchal.
A ocasião serviu para o dirigente comunista defender "uma maior justiça fiscal para quem trabalha e vive no País e na Região".
"Aliviar os impostos sobre o trabalho e o consumo de bens essenciais e acabar com o regime de privilégio das grandes fortunas e lucros é factor determinante para garantir a equidade fiscal", reforçou Ricardo Lume, lembrando que o PCP a presentou uma "proposta de redução do IVA para a taxa reduzida para os factores energéticos, nomeadamente electricidade, gás canalizado e gás de botija" no leque de alterações propostas ao Orçamento de Estado para 2024.
Segundo o PCP, "na Madeira o IVA sobre os factores energéticos passaria dos 22% para os 5%, ou seja, num valor de consumo ou de compra de 100€ em vez de se pagar 122€ passaríamos a pagar 105€".
"Tendo sido opção do Presidente da República manter o processo de Orçamento de Estado que não dá resposta aos problemas do País nem tão pouco da Região, o PCP intervém com propostas e soluções concretas para garantir que é possível viver melhor na nossa terra", acrescentou Lume, apelando ao voto na CDU nas próximas eleições para Assembleia da República.
"É uma oportunidade de decidir com o voto na CDU mudar de política, romper com as opções do actual Governo e as ilusões de que o PS possa fazer uma política diferente e recusar os projectos e ambições de PSD, CDS, Chega e IL de manter e agravar a política de direita", rematou.