Denunciar com provas
Nas redes flutua muito lixo. Mas também há pérolas raras
Boa noite!
Nas redes, cada vez menos sociais, flutua muito lixo. Mas também há pérolas raras que correm o risco de perder-se entre discursos de ódio, ofensas pessoais, opiniões sem nexo e certos de contas. Por isso, separá-las do amontoado de palpites e delírios é obra que vale a pena.
. Ao início da noite dei de caras com uma reflexão do Duarte Andrade baseada em factos, devidamente comprovados, logo, indesmentíveis. Podia ter sido notícia. Mas ainda vai a tempo de motivar reportagem, tanto mais que o desleixo presenciado no Aquaparque tende a repetir-se noutras paragens. Basta que a estação quente perdure no tempo, mesmo mudando nome, que as fiscalizações baixem a guarda, mesmo que aldrabões mantenham o negócio activo, que a balda reprovável tenda a generalizar-se, mesmo que os reparos sejam públicos e notórios.
. Denunciar com provas e de forma acutilante é eficaz. Tivéssemos mais gente deste calibre e em vez de bilhardices, ataques pessoais e banalidades teríamos redes respeitadas, influentes e essenciais. Como estão, pejadas de vermes, são perigosas. Muitos vão acabar no charco e outros na cadeia.
Desde já manifesto toda a solidariedade aos que são vítimas de enxovalho por parte de cobardolas que, mesmo abusando, do anonimato deixam rasto. Só que nada pode ficar como está, à mercê da desinformação e das ‘fakes’. Há pelo menos três processos judiciais em curso contra a delinquência organizada, agora patrocinada por um partido político, que têm tudo para fazer jurisprudência. Eles julgam-se intocáveis por terem um IP no além. Não se escondam. Muita gente já sabe quem são.
. Para debater este e outros temas da actualidade volta amanhã o ‘Debate da semana’ da TSF. Temos pluralismo assegurado nos dois painéis alternados, com presença garantida quinzenalmente, ao início da noite de sexta-feira, um dos quais composto por António Trindade, Miguel de Sousa e Ricardo Vieira e outro com os contributos de Joaquim Sousa, Miguel Silva Gouveia e Pedro Coelho. Que das discussões com gente que dá a cara nasçam ideias que a Madeira bem precisa para superar aparentes fatalidades de um povo que vê alguns dos seus todos os dias a escorregar no lodo.