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Exército acusa Hámas de ter apreendido combustível dos hospitais de Gaza

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Foto EPA

O Exército israelita afirmou que o grupo islâmico palestiniano Hamas apreendeu combustível armazenado nos hospitais de Gaza contra a vontade dos gestores e profissionais das unidades hospitalares.

O Exército apresentou hoje uma gravação áudio de uma conversa telefónica, supostamente intercetada pelos serviços de inteligência israelitas, na qual se ouvem dois homens a falar em árabe, um dos quais é identificado como "residente em Gaza e comandante do Hamas" e o outro como "funcionário do centro hospitalar".

"Apesar da sua natureza sensível, esta informação de inteligência intercetada está a ser desclassificada para mostrar a exploração cínica dos recursos humanitários na Faixa de Gaza pelo Hamas", afirmou o Exército israelita num comunicado.

"O vídeo confirma que o Hamas controla a distribuição de energia em Gaza, dando prioridade às necessidades terroristas em detrimento das da sua população civil", observou um oficial militar israelita numa reunião por videoconferência com a imprensa estrangeira.

Segundo a gravação, o alegado comandante do Hamas -- especificamente do chamado "Batalhão Jabalia Ocidental" do grupo islâmico -- refere-se repetidamente ao facto de "retirar combustível do stock do hospital", porque diz que está "a trabalhar com o governo para o bem do país", pelo que o seu suposto interlocutor acaba por cumprir a ordem, apesar de alertar que não é conveniente para o funcionamento da própria instalação de saúde.

Da mesma forma, o oficial militar indicou que "o Hamas continua a explorar a infraestrutura humanitária na Faixa de Gaza para apoiar as suas atividades terroristas às custas dos residentes de Gaza".

"Estamos a lutar contra um grupo terrorista cruel que cometeu um massacre no dia 7 de outubro", afirmou o responsável militar em referência aos ataques levados a cabo pelo Hamas contra o território israelita, nos quais mais de 1.400 pessoas morreram e 240 foram raptadas.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar que na passada sexta-feira entrou em modo terrestre e na qual são realizados bombardeamentos contínuos na Faixa de Gaza, que já causaram mais de 8.800 mortos e mais de 22 mil feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.