Trump regressa à fronteira entre EUA e México com propostas de imigração de linha dura
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump regressou hoje à fronteira entre os EUA e o México para promover um conjunto de proposta de imigração consideradas de linha dura e mais expansivas que as políticas seguidas no primeiro mandato.
Acompanhado pelo governador republicano do Texas, Greg Abbott, o ex-presidente dos EUA serviu refeições aos soldados da Guarda Nacional do Texas e outros militares que estão estacionados na fronteira.
Donald Trump tem vindo a apresentar propostas em matéria de imigração que suscitam o alarme dos ativistas dos direitos humanos civis e numerosas queixas em tribunal.
"No meu primeiro dia de regresso à Casa Branca, vou pôr fim a todas as políticas de fronteiras abertas da administração Biden. Acabarei com a invasão da nossa fronteira sul e darei início à maior operação de deportação doméstica da história dos Estados Unidos", afirmou.
Entre as propostas, Donald Trump defende um novo "rastreio ideológico" para todos os imigrantes com o objetivo de impedir a entrada nos Estados Unidos de "comunistas e marxistas que odeiam os cristãos" e de "lunáticos perigosos, odiadores, fanáticos e maníacos", assim como barrar a entrada a todos os cidadãos que apoiem o movimento islamita Hamas e deportar os imigrantes que vivem nos EUA e nutrem "simpatias jihadistas", e enviar agentes de imigração a "manifestações pró-jihadistas" para identificar os infratores.
O ex-presidente dos EUA defende também a chamada "Lei dos Inimigos Estrangeiros" para retirar dos Estados Unidos todos os membros de gangs e traficantes de droga conhecidos ou suspeitos, além de querer pôr fim ao direito constitucional à cidadania por nascimento e acabar com todas as autorizações de trabalho, além de cortar o financiamento para abrigo e transporte de pessoas que estão no país ilegalmente.
Donald Trunp decidiu ainda reavivar e alargar a controversa proibição de viajar, que inicialmente visava sete países de maioria muçulmana, proposta que já foi contestada até ao Supremo Tribunal dos EUA.