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Trabalhadores do BNP Paribas em Portugal pedem aumentos entre 800 e 1.000 euros

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Os trabalhadores do BNP Paribas em Portugal pediram aumentos entre 800 e 1.000 euros anuais e um pagamento único de 1.000 euros, para combater a inflação, com início em janeiro de 2024, adiantou a Comissão de Trabalhadores (CT).

Numa proposta enviada à Lusa, a CT destacou que os trabalhadores, reunidos em plenário, votaram favoravelmente a compensação de todos com medidas que mitiguem a inflação, nomeadamente um pagamento único de 1.000 euros e aumentos de 1.000 euros anuais para quem recebe até 40 mil euros por ano e de 800 euros anuais para vencimentos acima deste valor.

Os trabalhadores apelaram ainda a que o mecanismo de revisão de compensação usado pelo banco seja apenas "para compensar o desempenho e a experiência acumulada" e estabelecer que os aumentos salariais e outros pagamentos realizados por razões como o aumento da inflação "sejam feitos periodicamente e numa data diferente".

Os trabalhadores pediram ainda mais transparência nas práticas salariais, e a implementação de um "projeto-piloto" para um horário semanal de 35 horas, a ser depois alargado a todos.

De acordo com a proposta, os trabalhadores pedem ainda, entre outras medidas, uma opção de seguro de saúde, a subsidiação de transporte público, alimentação mais acessível nas cantinas do banco e mais flexibilidade no teletrabalho.

"O BNP Paribas SA tem cerca de 8.000 colaboradores a trabalhar em Portugal, um conjunto de trabalhadores muito considerável e diversificado que, no entanto, partilha muitos dos mesmos desafios e que, coletivamente, representa uma parte importante da força de trabalho do setor financeiro no país", lê-se na proposta.

Os trabalhadores recordam ainda os resultados "excecionais e históricos" do banco durante este ano e deu conta de que, em França, depois de negociações entre a gestão e os sindicatos, a proposta do banco passou pelo pagamento único de 1.000 euros em dezembro e aumentos entre 600 e 700 euros por ano.

Esta proposta foi aprovada pela maioria dos trabalhadores no plenário (cerca de 1.300) e incluiu várias propostas de melhoria, também votadas favoravelmente.