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Hezbollah intensifica operações com 13 ataques num único dia

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Foto AFP

O grupo xiita libanês Hezbollah assumiu hoje a responsabilidade por 13 ataques contra alvos militares israelitas, um deles com 'drones', numa nova intensificação das suas operações no fogo cruzado que as partes têm executado há quase seis semanas.

O movimento armado explicou, numa série de declarações, que as suas ações visaram sete "grupos de soldados israelitas", bem como alguns postos militares, um tanque e um destacamento de forças especiais do Estado judeu.

O Hezbollah apenas especificou que uma destas ofensivas foi realizada com dois 'drones' de combate, enquanto no caso dos outros ataques limitou-se a relatar o uso de "armas apropriadas", sem fornecer detalhes.

De acordo com os comunicados, as três primeiras operações de hoje foram lançadas simultaneamente às 10:30 locais (08:30 em Lisboa) contra diferentes grupos de soldados israelitas estacionados no norte daquele país e foram seguidas por mais uma dezena de ações espalhadas ao longo do dia.

Desde dia 08 de outubro que a formação xiita e Israel têm estado envolvidos em intensos ataques cruzados através da divisão entre os dois países, uma escalada de ataques que já deixou dezenas de mortos, mais de 300 feridos e quase 26.000 deslocados internos só no lado libanês.

A crise na fronteira entre estes dois países, cada vez mais intensa, tem suscitado receios de que o país se torne uma segunda frente na guerra de Gaza, cenário para o qual o Governo libanês já se prepara a vários níveis com a ajuda de organizações internacionais e agências da ONU.

Em 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 42.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 12.000 mortos, na maioria civis, 30.000 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.