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Jornalista turco libertado de vez após ser detido cinco vezes em dois anos

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Foto Facebook

O jornalista turco Baris Pehlivan, intimado por mensagem de texto a regressar à prisão há três meses, pela quinta vez em dois anos, foi hoje libertado, noticiaram os meios de comunicação social da Turquia.

"Nunca deveria ter passado pelo que passei nos últimos três meses. [...] Vou continuar a fazer jornalismo da mesma forma que fazia antes", disse Pehlivan à comunicação social turca à saída da prisão.

O jornalista foi preso pela quinta vez em dois anos em agosto, na sequência de uma mensagem de texto que o convocava para se apresentar no centro de detenção de Marmara, a antiga prisão de Silivri, onde estão detidos muitos opositores.

O seu pedido de libertação condicional tinha sido inicialmente rejeitado devido a uma queixa por "insulto a um funcionário público" relativamente a um artigo que escreveu sobre a corrupção no sistema judicial.

Pehlivan foi finalmente libertado depois de a queixa ter sido retirada.

Baris Pehlivan, 40 anos, antigo chefe de redação da Oda TV e colaborador do diário Cumhuriyet, foi condenado a três anos e nove meses de prisão em 2021 por violação da lei dos serviços secretos, antes de ser libertado pela primeira vez após seis meses de detenção.

Preso cinco vezes e depois libertado em liberdade condicional, é acusado de ter denunciado, em 2020, a morte de um oficial dos serviços secretos turcos na Líbia, onde Ancara tinha dado o seu apoio a um governo reconhecido pela ONU.

A morte nunca foi desmentida pelas autoridades turcas.

Cerca de 20 organizações de proteção dos jornalistas denunciaram a "perseguição judicial" do jornalista.

Segundo o mais recente índice de liberdade de imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), divulgado em 2023, a Turquia ocupa o 165.º lugar entre 180 países.