Lula apresenta condolências a Portugal pela morte de portugueses em Gaza
O Presidente brasileiro, Lula da Silva, apresentou, esta quinta-feira, condolências a Portugal pela morte de três portugueses num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza, enquanto pela retirada da região.
"Transmito minhas condolências ao governo e ao povo de Portugal pela trágica notícia da morte de três civis daquele país em bombardeamento no sul da Faixa de Gaza", escreveu Lula da Silva, na sua conta na rede social X.
O chefe de Estado brasileiro recordou que os três cidadãos portugueses naquele território palestiniano atacado por Israel "estavam entre os cerca de três mil estrangeiros que ainda aguardam para deixar Gaza pelo posto fronteiriço de Rafah".
Estes três portugueses, assim como dois palestinianos que morreram no mesmo bombardeamento, aguardavam a retirada por indicação de Portugal, referiu a diplomacia portuguesa em comunicado, na quarta-feira.
"Civis de muitos países correm risco de vida e precisam ver atendido, no mais breve prazo possível, seu direito de repatriação" frisou Lula da Silva, lembrando que os 32 brasileiros e familiares que estavam em Gaza já se encontram no Brasil.
Esta quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse à Lusa, em Bissau, que existem dificuldades na fronteira de Rafah, não tendo sido ainda possível resgatar os dez cidadãos que se encontram na Faixa de Gaza sinalizados por Portugal.
"Ontem [quarta-feira] fomos informados pelas autoridades egípcias e israelitas que sairiam hoje. Até agora não tem sido possível", disse, referindo que "tem havido muitos problemas na fronteira" de Rafah, entre a Faixa de Gaza e o Egito, mantendo-se as autoridades portuguesas "em contacto permanente" com as do Cairo e de Telavive.
Afirmando não ser ainda "claro se conseguem sair hoje ou se terá de ser adiado", Cravinho disse que a sua "expectativa é que possam sair em breve", sublinhando que a retirada não depende de Portugal.
Em comunicado divulgado na quarta-feira à noite, o Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que as autoridades egípcias, em articulação com Israel, tinham autorizado a saída da Faixa de Gaza de dez cidadãos sinalizados por Portugal, dois dos quais luso-palestinianos.