No 3.º trimestre de 2023 (entre Julho e Setembro), "existiam 20.857 postos de trabalho na Administração Regional da Madeira (ARM)" no final desse período. "Em relação ao trimestre anterior, a variação foi de -77 postos (-0,4%), verificando-se em termos homólogos um aumento de 51 postos (+0,2%). Comparativamente ao final de 2011 houve uma diminuição de 496 postos (-2,3%)", refere a Direcção Regional de Estatística que divulgou hoje a informação disponibilizada pela Direção Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), "entidade responsável pela compilação da informação relativa aos recursos humanos dos órgãos e serviços da administração do Estado a nível nacional", que já o fizera na terça-feira., através da Síntese Estatística do Emprego Público (SIEP).

Aos empregos na ARM, acrescente-se os do Instituto de Segurança Social da Madeira, que "segundo a classificação de unidades institucionais deve ser apresentado separadamente", tendo por isso contabilizado "1.362 postos de trabalho em 30/09/2023, aumentando 7 postos (+0,5%) face ao trimestre anterior. Em termos homólogos verificou-se um aumento de 85 postos (+6,7%). Em comparação com 31/12/2011 havia menos 49 postos (-3,5%)".

Também as empresas públicas "que não foram classificadas dentro da ARM tinham a 30 de Setembro de 2023, 2.527 postos de trabalho, mais 24 (+1,0%) face ao trimestre anterior e mais 61 (+2,5%) em termos homólogos. Face a Dezembro de 2012 (período mais recuado para o qual existe informação para este tipo de empresas), o número de postos aumentou em 221 (+9,6%)", resume a DREM.

Por fim, há que contar as autarquias. "As onze câmaras municipais da RAM concentravam no período em referência 3.346 postos de trabalho, mais 48 (+1,5%) que no trimestre precedente e mais 111 (+3,4%) que no final de Setembro de 2022. Nas juntas de freguesia da RAM, trabalhavam 179 pessoas a 30/09/2023, mais 2 postos (+1,1%) que no trimestre anterior e mais 9 (+5,3%) em termos homólogos. Comparativamente a 31/12/2011, as Câmaras Municipais aumentaram o seu efetivo em 153 (+4,8%) e as juntas de freguesia em 10 (+5,9%) trabalhadores".

Foto DREM

Salários base e ganhos acima dos 8% de aumento 

"No que diz respeito à desagregação por cargo, carreira e grupo, o mais representativo é o do pessoal docente com 28,3%, seguido dos assistentes operacionais e dos assistentes técnicos, com 25,5% e 14,5% do total de emprego da ARM, respetivamente", evidencia. "A contratação de trabalhadores para carreiras de enfermeiro (saldo líquido entre entradas e saídas de +45), assistente técnico/administrativo (+26) e informático (+19) explica o crescimento homólogo global verificado no 3.º trimestre de 2023".

Já "analisando a repartição do emprego público por tipo de entidade, observa-se que no 3.º trimestre de 2023, os Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário concentravam 40,2% do total dos postos (40,4% no período homólogo), seguido das Entidades Públicas Empresariais Regionais, com 29,1% (29,2% um ano antes) e das Direções Regionais com 19,0% (18,8% no final do 3.º trimestre de 2022)".

Ainda "a ventilação por Secretaria Regional (S.R.), mostra que a S.R. da Educação, Ciência e Tecnologia é a responsável pelo maior número de trabalhadores, com 9.866 postos de trabalho (47,3% do total da ARM), enquanto as restantes Secretarias mantêm volumes de emprego compreendidos entre os 213 (S.R. de Mar e Pescas) e os 977 (Secretaria Regional das Finanças) postos de trabalho".

Por fim, as verbas não actualizadas tal como os empregos, remontam a Julho. "Em Julho de 2023, a remuneração base média mensal na ARM era de 1.690,02€, superior em 2,5% à média global das Administrações Públicas, enquanto o ganho médio mensal (que corresponde ao agregado das remunerações de base, prémios, subsídios ou suplementos) fixava-se em 1.972,39€, sendo também mais alto que a média global em 0,8%. Face a Julho de 2022, a remuneração base média mensal na ARM cresceu 8,2% e o ganho médio mensal, 8,6%", conclui a DREM.