Exército israelita reivindica "controlo operacional" do porto de Gaza
O exército israelita reivindicou hoje ter o "controlo operacional" do porto de Gaza, uma infraestrutura fundamental no norte do território palestiniano que Israel alega ter sido usada pelo grupo islamita Hamas para planear ataques terroristas.
Uma operação conjunta de forças blindadas e navais permitiu nos últimos dias "assumir o controlo operacional do porto de Gaza, que era controlado pela organização terrorista Hamas", afirmou o exército israelita em comunicado hoje divulgado.
O movimento islamita usava a infraestrutura "como centro de treino das suas forças de comando naval para planearem e executarem ataques terroristas navais", acrescentou.
Israel está em guerra contra o Hamas desde que este grupo lançou um ataque sem precedentes no território israelita, em 07 de outubro.
O ataque provocou, segundo Israel, mais de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que o Hamas mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel tem bombardeado Gaza e bloqueou a entrada de bens essenciais como combustível, água e medicamentos.
Segundo o Hamas, o conflito provocou na Faixa de Gaza pelo menos 11.500 mortos, na sua maioria civis, e entre os quais se encontram cerca de 4.700 crianças.
Depois de ter garantido que cercou o norte do território, o exército israelita afirma estar a travar combates no coração da cidade de Gaza e anunciou, nos últimos dias, ter assumido o controlo de várias instituições do movimento islamita: o parlamento, edifícios governamentais e a polícia militar.
O Hamas minimizou este anúncio, referindo que os edifícios tomados "estavam vazios".
Os militares israelitas também têm intervindo em hospitais de Gaza, acusados por Israel de serem usados pelo Hamas para esconder armas e centros de comando.
O exército israelita continua hoje a sua incursão no principal hospital da Faixa de Gaza, al-Chifa, onde se encontram milhares de civis palestinianos, o que está a causar sérias preocupações e críticas a nível internacional.