Propostas do Bloco de Esquerda para melhoria da saúde mental dos funchalenses
O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda aproveitouo o debate sobre 'A saúde mental no Funchal, que decorreu na tarde desta quarta-feira na Assembleia Municipal do Funchal, para apresentar algumas propostas com vista à melhoria da saúde mental dos funchalenses.
Foi pela voz do deputado municipal Egídio Fernandes que, além das críticas, foram escutadas sugestões de medidas a implementar com vista a essa melhoria. Ainda que reconheça que existem algumas respostas no Funchal para quem procura ajuda, como o Serviço de Urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça, o Centro de Tratamento de Adições e as Casas de Saúde, o bloquista diz ser manifestamente pouco para o flagelo que assola a Região e o Funchal, em especial.
Em comunicado, refere que "ninguém sabe quem tem doença mental e na maioria das vezes não é visível através das expressões e caras de quem vemos diariamente. É comum, no evoluir da doença, alguns e algumas doentes se desorganizarem, ficarrm desempregados, perderem a sua casa, ficando assim em situação de sem-abrigo". E continua apontando que "para todos estes é necessário encontrar soluções, seja através da disponibilização de duches públicos acessíveis durante todo o dia, seja pela criação de uma equipa de rua multidisciplinar para apoiar e acompanhar os doentes psiquiátricos e sem-abrigo ou um banco público de quartos/casas para doentes psiquiátricos e consumidores de substâncias, recém-tratados".
No entender de Egídio Fernandes, estas medidas passam por uma colaboração estreita entre a Câmara do Funchal e o Governo Regional, procurando chegar a todo o concelho, incluíndo as zonas altas.
"Defendemos também que, se estão identificadas as áreas mais susceptíveis para as pessoas que atravessam comportamentos depressivos e com pensamentos suicidas, é obrigação da Câmara controlar e tentar minimizar tais riscos", apontou, exortando a autaqruia a assumir a responsabilidade de proteger as áreas perigosas como o Pináculo e pontes viárias do concelho.
O problema da habitação também foi referido, apontando que a cidade está a ser entregue aos turistas, pedindo, por isso, mais regulamentação para disciplinar o alojamento local e a construção de habitação social, incluindo a preços acessíveis.
Por fim, Egídio Fernandes, contestou a afirmação do actual executivo camarário sobre a "boa saúde" em matérias de segurança na cidade, apresentando não só as afirmações dos oradores na própria sessão, com dados recentes que contradizem essa alegação, destacando a necessidade de ações concretas, que vão além do simples agendamento de debates.