Pararam as obras no Forte de São João Batista, em Machico?
A 16 de Setembro deste ano era notícia que as obras do Forte de São João Batista, em Machico, iriam ser brevemente retomadas. Terminava um longo impasse de anos. A empresa Nowhere Else pretende concretizar um investimento numa unidade de “2,6 milhões de euros”, confirmava o presidente do município. Dois dias depois as máquinas estavam no local procedendo à demolição do edifício. Passados dois meses do arranque da empreitada, eis que a Iniciativa Liberal avança que está parada. Será verdade?
Comecemos pela denúncia.
“As obras de demolição do edifício inacabado começaram antes das eleições regionais. Passaram-se as eleições e a obra parou. Há várias semanas que não se vê, nem máquinas nem pessoal na obra. Alguém sabe explicar esta paragem” questiona António Nóbrega, antigo vereador social-democrata e agora militante do IL.
O ex-autarca lamenta que não haja uma explicação por parte do Governo Regional nem mesmo da Câmara. “Quando foi anunciado o início das obras, aquando do levantamento da licença, não foi explicado se foi para demolição das obras do edifício existentes ou se foi mesmo para início do arranque total das obras. O projecto nunca foi apresentado publicamente. Qual o medo? Qual o receio? O que têm a esconder? Exige-se o esclarecimento público”, lança em série o conjunto de perguntas que ainda junta uma outra: “Será que aquele espectáculo do início das obras foi só para as eleições?”
“Cinco anos depois da adjudicação já não é tempo de exigir a conclusão do projecto? Será que já não há razões para anular a concessão e partir para outra solução? Será que já não vão construir a unidade hoteleira?”, prosseguia com o rol de interrogações.
Esta manhã a IL fez chegar um comunicado à nossa redacção em que se lê que irá pedir explicações, através do seu Deputado Único, Nuno Morna, na Assembleia Legislativa Regional. “Numa missiva enviada a 14 de Novembro ao titular da pasta, Equipamentos e Infraestrutura, Eng. Pedro Fino, a Iniciativa Liberal quer saber toda a informação sobre o que tem levado aos sucessivos adiamentos”.
Ora, segundo apuramos, não caberá à SREI explicar este assunto justamente por ser uma obra da responsabilidade do concessionário. Quem lançou o concurso e gere a concessão foi a direcção regional do Património, logo para todos os efeitos é uma obra privada sujeita a licenças de obras por parte da Câmara Municipal de Machico.
Sem resposta da autarquia
Nos últimos dias o DIÁRIO tem procurado, por diferentes vias de comunicação, junto da edilidade perceber os fundamentos para esta interrupção visível das obras sem sucesso.
Evidências
Ainda sem resposta, algum tempo a esta parte que não existem movimentações de trabalhos no local da empreitada.