DNOTICIAS.PT
Madeira

Abate de gado na Madeira em queda, avicultura e pesca a crescer

None

A actividade da avicultura industrial na Madeira, entre Janeiro e Setembro de 2023, nomeadamente a produção de ovos e o abate de frango, rondaram as 24 milhões de unidades (+4,7%) e 2.649,3 toneladas (+8,9%), respectivamente, face aos primeiros nove meses do ano anterior, segundo dados publicados pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM), apurados junto das empresas da Região.

De acordo com a informação divulgada esta manhã, "para o período de Julho a Setembro (3.º trimestre) registaram-se variações face ao mesmo período do ano precedente, de -7,8% e +1,9%, para a produção de ovos e abate de frango, respectivamente", acrescenta.  

Por outro lado, "o gado abatido, expresso em toneladas, decresceu 9,0% em termos homólogos no cômputo dos primeiros três trimestres de 2023, variação justificada pela quebra verificada no abate de bovino (-9,5%). A variação homóloga do gado abatido para o 3.º trimestre de 2023 foi de -7,4%", salienta a DREM.

Já no domínio da pesca, segundo dados apurados junto da Direção Regional de Pescas para os primeiros nove meses de 2023, este período caracterizou-se "por um aumento, em termos homólogos, nas quantidades capturadas de pescado de 1,0% e numa subida no valor de primeira venda de 15,6%. Entre Janeiro e Setembro de 2023, a pesca descarregada na Região rondou as 4 .63,8 toneladas, gerando receitas de primeira venda de 15,8 milhões de euros", refere.

Atum mais barato, espada preto mais caro

"Nas principais espécies capturadas, apenas o atum e similares (+6,9%) e o chicharro (+17,6%) apresentaram aumentos face aos primeiros nove meses de 2022, que determinaram a variação positiva na globalidade das capturas, com o peixe-espada preto (-4,9%) e a cavala (-2,6%) a apresentarem quebras. Em valor, todas as espécies apresentaram acréscimos. Por sua vez, o peixe-espada preto destacou-se, já que registou o maior aumento (+35,1%), seguido do chicharro (+5,6%) da cavala (+3,8%) e do atum e similares (+1,3%), todos contribuindo para a variação positiva nas receitas totais acima referida. É de assinalar que, neste período, 50,4% do valor das capturas foram respeitantes ao peixe-espada preto", salienta a autoridade estatística regional.

E acrescenta: "O preço médio de pescado apurado na primeira venda para o período em referência (excluindo-se nestes cálculos o pescado descarregado destinado a autoconsumo) foi de 3,85€ (3,37€ no mesmo período de 2022), com o preço médio para o atum e similares a atingir os 3,14€ (3,31€ no período homólogo) e para o peixe-espada preto os 4,72€ (3,34€ nos primeiros nove meses do ano precedente). De sublinhar, que no 3.º trimestre de 2023, a quantidade descarregada de pescado subiu 52,4% em termos homólogos, enquanto o valor cresceu 34,4%."

Aquicultura não segue tendência da pesca

Noutro patamar dos 'frutos do mar', "de acordo com a informação recolhida pela DREM junto das empresas de produção de aquicultura na Região, entre Janeiro e Setembro de 2023, foram produzidas 1.040,3 toneladas de dourada, -20,2% em termos homólogos. Por sua vez, as vendas somaram 6,0 milhões de euros, decrescendo 11,6%", diz.

Refira-se que "por mercados, observa-se que 87,3% do valor de vendas diz respeito ao mercado nacional (Continente e Açores) e apenas 12,6% ao mercado regional", sinaliza. "No 3.º trimestre de 2023, a variação na quantidade produzida e no valor das vendas foi de +48,8% e +38,2%, respetivamente", conclui.