Inflação já terá atingido o pico e será de 5,6% na zona euro este ano
A Comissão Europeia estima que a inflação já tenha atingido o pico na zona euro e na União Europeia (UE), após mínimos de dois anos em outubro, devendo fixar-se em, respetivamente, 5,6% e 6,5%, e continuar a descer.
"Estima-se que a inflação medida pelo IHPC [Índice harmonizado de preços no consumidor] tenha atingido um mínimo de dois anos na área do euro em outubro e prevê-se que continue a diminuir ao longo do horizonte de previsão", indica o executivo comunitário, nas previsões económicas de outono, hoje divulgadas.
Segundo Bruxelas, prevê-se que, na zona euro, a taxa de inflação seja de 5,6% em 2023 e desça para 3,2% em 2024 e 2,2% em 2025.
Na UE, a inflação global deverá diminuir de 6,5% em 2023 para 3,5% em 2024 e 2,4% em 2025.
Se para este ano as projeções de outono são semelhantes às do verão, divulgadas em setembro passado, para 2024 há uma melhoria, após previsões de 2,9% na zona euro e de 3,2% na UE para o próximo ano.
"A descida acentuada dos preços da energia no consumidor ao longo do ano foi o principal motor, mas, nos últimos meses, a moderação da inflação tem sido mais generalizada, com várias medidas das pressões inflacionistas subjacentes a apontarem para um abrandamento da dinâmica dos preços. À medida que a contenção monetária continua a fazer-se sentir na economia, a inflação deverá continuar a diminuir, embora a um ritmo mais moderado, refletindo um abrandamento generalizado das pressões inflacionistas nos produtos alimentares, nos produtos manufaturados e nos serviços", contextualiza Bruxelas, no documento hoje publicado.
Ainda no que toca aos preços da energia, "a reação dos preços do petróleo, tanto à vista como nos futuros, permaneceu globalmente moderada na sequência do ataque do Hamas a Israel e do subsequente conflito no Médio Oriente", adianta a instituição.
Em meados de outubro, o preço do gás europeu voltou a subir, após uma tendência de descida pós-pandemia e pós-crise energética, devido aos receios de um conflito mais alargado no Médio Oriente, que podem colocar em risco os fluxos.