O proveito por quarto utilizado (ADR) no alojamento turístico passou de 88,93 euros, em Setembro de 2022, para 101,85 euros, no mês homólogo deste ano, superando a barreira da centena (+14,5% de variação homóloga). Nos primeiros nove meses de 2023, o ADR cresceu 14,7%, fixando-se nos 98,31 euros.

Os dados foram hoje publicados pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) que menciona um total geral superior ao do INE, no que respeita a hóspedes e dormidas. "Para as variáveis taxas de ocupação, quartos, proveitos e custos com o pessoal, os valores são coincidentes com os do INE pelo facto do seu apuramento excluir o alojamento local abaixo das 10 camas", assinala a DREM.

Quanto ao RevPAR (proveitos de aposento por quarto disponível), rondou os 87,06 euros no conjunto do alojamento turístico (excluindo o alojamento local abaixo das 10 camas), +17,7% que no mesmo mês do ano precedente.

Comparando com o valor de Setembro de 2019 (51,88 euros), verificou-se também um aumento, de +67,8%. Se se restringir a análise à hotelaria, aquele indicador evidenciou um crescimento homólogo de 18,0%, tendo o seu valor se situado nos 93,17 euros (78,95 em setembro de 2022).

De Janeiro a Setembro, verificou-se um RevPAR de 76,22 euros no conjunto do alojamento turístico (+23,9% em relação ao período homólogo) e de 81,76 euros no sector da hotelaria (+24,6%).

As estimativas referentes a Setembro revelam que 92,2% dos estabelecimentos do alojamento turístico da Região Autónoma da Madeira registaram movimento de hóspedes neste mês, informou esta terça-feira a Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM).

Analisando por segmento, verifica-se que a hotelaria é aquele que apresenta maior percentagem de estabelecimentos com movimento de hóspedes (94,0%), seguida do alojamento local, com 92,1%, e do turismo no espaço rural, com 91,3%.

Nesse mês, o número de dormidas no alojamento turístico aproximou-se dos 1.040,9 mil, traduzindo um acréscimo de 9,4% em comparação com o mês homólogo (951,6 mil).

A DREM sublinha que, excluindo o alojamento local com menos de 10 camas, as dormidas do alojamento turístico registaram um incremento de 4,7% relativamente a Setembro de 2022, variação inferior à verificada a nível nacional (+6,7%).

Os proveitos totais e os de aposento em Setembro último apresentaram crescimentos homólogos de 17,3% e 19,7%, respectivamente, fixando-se, pela mesma ordem, nos 65,1 e 46,3 milhões de euros. No País, no mês em referência, as variações homólogas foram igualmente positivas, tanto nos proveitos totais (+15,7%), como nos de aposento (+17,0%).

De Janeiro a Setembro de 2023, as dormidas no total do alojamento turístico na Região registaram um acréscimo de 15,3% face ao período homólogo, ultrapassando os 8,4 milhões, enquanto os proveitos totais e de aposento aumentaram 25,0% e 28,4%, respectivamente, rondando os 503,9 e os 359,1 milhões de euros.

A hotelaria desta-se ao concentrar 73,6% das dormidas de Setembro de 2023 (766,2 mil), crescendo 2,9% em termos homólogos, enquanto o alojamento local (24,0% do total) e o turismo no espaço rural (2,4% do total) registaram incrementos de 34,7% e 17,2%, pela mesma ordem.

Olhando o período de Janeiro a Setembro deste ano, verifica-se que as dormidas na hotelaria aumentaram 9,9%, fixando-se estas nos 6,3 milhões.

Analisando as dormidas nos três principais mercados emissores internacionais, verificaram-se variações homólogas positivas, excepto no mercado britânico, que apresentou uma quebra de 3,3% em Setembro.

O mercado alemão registou o crescimento mais elevado, de +10,3%, seguido do mercado francês, com um aumento de 8,3%. As dormidas originadas pelo mercado nacional revelam, pelo quarto mês consecutivo, um decréscimo face ao mês homólogo (-3,7% que em Setembro de 2022).

Aumento de 33,8% nas dormidas comparando com Setembro de 2019

Comparando o período de referência com Setembro de 2019 (período pré-pandemia), a actividade no alojamento turístico apresentou um crescimento de 33,8% nas dormidas, com o mercado de residentes no estrangeiro a registar um acréscimo de 30,2%.

Considerando os três principais mercados deste segmento, verificaram-se variações positivas no mercado alemão (+17,9%), no britânico (+15,2%) e no mercado francês (+1,6%). Por sua vez, o mercado nacional apresentou uma variação significativamente positiva (+54,4%).

Em termos acumulados (de Janeiro a Setembro de 2023), os quatro principais mercados emissores apresentaram igualmente crescimentos homólogos nesta variável, sendo o mercado alemão aquele que revelou o aumento mais expressivo, de +16,6%, seguido dos mercados da França, Portugal e Reino Unido, com acréscimos homólogos de 15,0%, 6,6% e 4,4%, respectivamente.