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Madeira

‘Vigarista da mini-saia’ foi detida na Madeira há 31 anos

Consulte aqui a edição de 14 de Novembro de 1992, neste ‘Canal Memória’

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Uma mulher de 38 anos ficou conhecida como a ‘vigarista da mini-saia’. A suspeita foi detida em 1992 depois de ter sido identificada por vários lesados, tal como relatou o DIÁRIO na sua edição de 14 de Novembro de 1992.

A residente no sítio da Graça, em Machico, abordava idosos nas suas habitações, usando mini-saia, dizendo ter na sua posse encomendas enviadas por familiares que estariam emigrados na Venezuela, África do Sul ou França. Para receberem as encomendas, as pessoas deveriam entregar avultadas quantias em dinheiro para compensar os custos de transporte e de ‘armazenamento’ dessas mesmas encomendas.

A verdade é que muitos foram aqueles que caíram nesta ‘canção do bandido’ e entregaram as poupanças que tinham em casa, achando que estavam a receber importantes encomendas enviadas pelos familiares emigrados.

A mulher seria apanhada quando, numa sexta-feira 13, seguia viagem de autocarro para o Caniçal e foi reconhecida por uma das vítimas, que contactou as autoridades. A PSP acabaria por interceptar a suposta burlona quando esta regressava no mesmo meio de transporte para o Funchal. Acabou por ser detida e presente a juiz, que a decidiu soltar depois de terem sido feitos exames que confirmaram que estava grávida, aguardando, por isso, julgamento em liberdade.

Entre os lesados estava um homem de 84 anos, paralítico, que lhe entregou os 20 mil contos que tinha em casa em ‘troca’ de um caixote, que teria sido enviado pelo filho que se encontrava emigrado. A burlona dizia ainda que a encomenda continha loiça e roupa fina para a senhora que se encontrava a tomar conta do homem, bem como um cheque no valor de 80 contos.

A charlatã tentava obter informações junto da vizinhança sobre os familiares emigrados dos idosos e assim conseguir ter um discurso mais coerente aquando da abordagem junto das vítimas.