Divulgação de vídeos de sequestros equivale a crime de guerra
A organização Human Rights Watch (HRW) defendeu ontem que a divulgação de vídeos de israelitas raptados, que foram distribuídos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica, "equivale a um crime de guerra" e atenta contra a dignidade.
Na quinta-feira, a Jihad Islâmica exibiu um vídeo no qual dois israelitas raptados, incluindo uma criança, apareciam a pedir para ser libertados.
"O Hamas e a Jihad Islâmica não só mantêm civis, incluindo crianças, como reféns, como transmitem ao mundo imagens dos reféns no seu estado mais vulnerável", apontou o diretor da HRW para Israel e Palestina, Omar Shakir, citado pela agência EFE.
A associação lembrou que a manutenção de reféns e a violação da dignidade dos detidos constituem violações do direito humanitário internacional e das leis de guerra.
"O Hamas e a Jihad Islâmica devem libertar imediatamente todos os civis sob sua custódia e permitir que aqueles que ainda estão detidos comuniquem com as suas famílias através de meios privados e que recebam visitas de uma agência humanitária imparcial", lê-se numa nota.
Esta quinta-feira, as brigadas Al Quds garantiram estar dispostas a libertar, por razões humanitárias, dois reféns israelitas em Gaza, dos quais divulgaram um vídeo.
Após 35 dias de guerra, que começou a 07 de outubro com o ataque do Hamas ao território israelita, no qual morreram mais de 1.400 pessoas e mais de 240 foram raptadas de aldeias perto de Gaza, os bombardeamentos israelitas mataram mais de 11.000 pessoas e feriram cerca de 27.500, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlada pelo grupo islamita.
O Hamas é classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, União Europeia e Israel.