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Folclore da Camacha celebrou Bodas de Diamante

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As comemorações das Bodas de Diamante (75 anos) do Grupo de Folclore da Casa do Povo da Camacha (GFCPC) começaram, ontem,  com a inauguração dum mural comemorativo desta efeméride, pintado na parede situada na entrada do edifício da Casa do Povo da Camacha, da autoria da artista 'Andorinha', também ela um elemento do Grupo Folclore.

Seguiu-se uma sessão solene, no auditório da Casa do Povo da Camacha, na qual discursaram Avelino Sousa, presidente do GFCPC, diversas entidades convidadas, com destaque para a directora regional de Cultura, Natercia Xavier, que parabenizou este Grupo e enalteceu todo o trabalho realizado pelo mesmo na preservação e divulgação da nossa cultura popular.

Depois seguiu-se o lançamento do livro "Grupo Folclórico da Casa do Povo da Camacha - Crónicas de Carlos Santos e outros registos", da autoria do historiador e  investigador  Duarte Mendonça, que reúne as suas séries de crónicas de viagem publicadas n'O Jornal em 1949 e em 1951, descrevendo todas as peripécias das duas primeiras internacionalizações do GFCPC, nomeadamente a Madrid e Biarritz, respectivamente, uma série de vinte entrevistas realizadas ao longo de várias décadas a destacados membros desta formação etnográfico e ainda o levantamento exaustivo das notícias alusivas à mesma publicadas no antigo Diário de Notícias de New Bedford.

A apresentação da obra esteve a cargo de Rui Camacho, presidente da Associação Xarabanda, que sublinhou o papel de Carlos Santos na promoção do nosso folclore, elogiando igualmente a riqueza das suas crónicas. Rui Camacho parabenizou igualmente Duarte Mendonça, o autor desta obra, pela sua elaboração e também pelo contributo dado para o enriquecimento do conhecimento sobre esta forma de arte popular.

Seguiram-se algumas palavras, proferidas pelo autor do livro, que teceu alguns comentários sobre a sua elaboração e também sobre o seu rico conteúdo. Duarte Mendonça já havia lançado no ano passado um volumoso livro de 800 páginas com o historial deste Grupo Folclórico, o mais antigo da ilha e com actividade ininterrupta desde a sua fundação.

Por fim, houve lugar a uma breve actuação do GFCPC, que interpretou alguns dos seus números mais emblemáticos, entre os quais o célebre Bailinho das Camacheiras.