DNOTICIAS.PT
Mundo

Exército admite "longo caminho" pela frente no combate ao Hamas

None

O exército israelita admitiu hoje que há "um longo caminho" pela frente no combate ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), depois da ofensiva lançada no sábado pelo grupo islâmico a partir da Faixa de Gaza.

A major do exército israelita, Libby Weiss, reconheceu que a luta com o Hamas "vai levar algum tempo", sublinhando, em declarações à agência de notícias espanhola Europa Press, que se trata de uma situação "sem precedentes".

Descrevendo a situação como "uma tragédia nacional", a responsável do exército lembrou que as autoridades já confirmaram a existência de mais de 700 mortos e de 2.000 feridos.

"Nunca vimos este nível de matança de civis inocentes", disse Weiss, que confirmou que ainda há combates com membros do Hamas em algumas cidades no sul do país e sublinhou que a fronteira com o enclave palestiniano "não é segura", dada a situação "muito dinâmica" da zona.

Além dos combates, as autoridades israelitas estão a retirar pessoas das zonas em risco "para o interior" de Israel.

Por outro lado, "há dezenas de pessoas que foram transferidas de Israel para Gaza como reféns", observou, antes de confirmar que isto cria "uma situação muito complexa" quando se realizam operações contra o Hamas.

Por isso, adiantou, o exército israelita realizou "bombardeamentos de precisão" contra "ativos militares do Hamas, incluindo "armazéns de armas" e pontos de onde foram lançados "milhares de projéteis contra Israel".

Weiss também destacou que, neste momento, "não há invasão terrestre" pelas forças israelitas, embora tenha enfatizado que "todas as opções estão sobre a mesa" e tenha alertado contra "qualquer outra organização terrorista ou país que apoie organizações terroristas".

Afirmou ainda que "centenas de terroristas do Hamas" conseguiram invadir o território israelita durante a ofensiva de grande escala lançada no sábado, "principalmente por terra, mas também houve tentativas por mar e ar".

"Depois de invadir Israel, participaram em massacres", lamentou, referindo que "mataram civis israelitas nas ruas, entraram nos 'kibutz' (...), fizeram reféns, massacraram inocentes".

Este é e "o maior massacre de civis israelitas" desde a criação do país" em 1948, garantiu.

O grupo islâmico Hamas, considerado uma organização terrorista por Israel, mas também pela União Europeia, EUA, Japão e Canadá, lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação denominada "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.